O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desacelerou no terceiro trimestre de 2024, registrando uma alta de 0,9%. Esse resultado representa uma queda em relação ao segundo trimestre, quando o PIB cresceu 1,4%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da desaceleração, alguns setores ainda mostram sinais de aquecimento. O setor de serviços e a indústria foram os principais responsáveis pelo crescimento no terceiro trimestre. O consumo das famílias e os investimentos também continuaram a contribuir positivamente, embora em um ritmo mais lento do que nos trimestres anteriores.
Setor de Serviços: O maior setor da economia brasileira manteve um desempenho positivo, impulsionado principalmente pelos serviços de informação, saúde e educação. As atividades turísticas também mostraram recuperação com o aumento do fluxo de turistas tanto nacionais quanto internacionais.
Indústria: O setor industrial registrou crescimento, especialmente na produção de bens de capital e de consumo duráveis. A construção civil também teve uma leve alta, beneficiada por investimentos em infraestrutura e habitação.
Economistas atribuem a desaceleração a uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, o aumento das taxas de juros e a inflação alta afetaram o poder de compra das famílias e a capacidade de investimento das empresas. Externamente, a economia global enfrentou desafios como a desaceleração do crescimento em grandes economias e a volatilidade nos mercados financeiros.
“O terceiro trimestre apresentou um crescimento moderado, mas abaixo das expectativas do mercado. Apesar disso, a economia brasileira continua resiliente, com setores importantes ainda em expansão,” afirmou Juliana Silva, economista-chefe da InvestBrasil.
Para o quarto trimestre, as expectativas são de um crescimento cauteloso. A proximidade das festas de fim de ano pode trazer um impulso ao comércio e aos serviços, mas as incertezas econômicas globais continuam a ser um fator de risco.
O governo federal tem adotado uma série de medidas para tentar estimular a economia. Entre elas estão a redução de impostos sobre produtos essenciais, incentivos fiscais para setores estratégicos e programas de apoio ao crédito para pequenas e médias empresas.
“Estamos atentos aos desafios e trabalhando para criar um ambiente favorável ao crescimento sustentável,” destacou o ministro da Economia, Paulo Guedes.