A mamografia é uma ferramenta essencial na detecção precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres em todo o mundo. No Brasil, a recomendação das principais sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), é clara: mulheres devem iniciar a realização anual da mamografia a partir dos 40 anos de idade.
Estudos indicam que a mamografia pode reduzir a mortalidade por câncer de mama em até 40%. Isso ocorre porque o exame permite a detecção de tumores em estágios iniciais, quando as chances de cura são significativamente maiores. Quando o câncer de mama é identificado precocemente, as opções de tratamento são mais variadas e menos invasivas, aumentando as chances de sucesso e diminuindo a necessidade de procedimentos mais agressivos.
A recomendação de iniciar a mamografia anual aos 40 anos baseia-se em dados epidemiológicos que mostram um aumento na incidência de câncer de mama a partir dessa faixa etária. Cerca de 25% das mulheres brasileiras que desenvolverão câncer de mama estarão entre os 40 e 49 anos. Portanto, começar o rastreamento nessa idade é crucial para a detecção precoce e a redução da mortalidade.
A periodicidade anual é defendida por especialistas devido à natureza do crescimento dos tumores mamários. Tumores podem se desenvolver e crescer rapidamente, e um intervalo maior entre os exames pode permitir que um câncer passe despercebido até que esteja em um estágio mais avançado. A mamografia anual garante que qualquer alteração seja identificada o mais cedo possível, proporcionando uma janela de oportunidade para intervenções precoces.
A mamografia anual a partir dos 40 anos é uma recomendação fundamentada em evidências científicas robustas e é uma prática essencial para a saúde das mulheres. A adesão a essa recomendação pode salvar vidas, permitindo a detecção precoce do câncer de mama e aumentando significativamente as chances de cura. Mulheres devem conversar com seus médicos sobre a importância desse exame e garantir que ele faça parte de sua rotina de cuidados com a saúde.