Em resposta à atual situação de calamidade pública que atinge o estado do Rio Grande do Sul, surge uma onda de solidariedade conhecida como ‘turismo solidário’. Esta modalidade de viagem é reconhecida como uma resposta humanitária para auxiliar aqueles que mais precisam neste momento desafiador. No entanto, é importante reconhecer que, embora seja bem-intencionada, uma viagem como essa nem sempre pode fornecer a ajuda necessária diante da gravidade da situação no Sul.

O turismo solidário se caracteriza pela interação com a comunidade local e o que estamos observando em Porto Alegre é o movimento de viajantes para ajudar com o trabalho voluntário. No entanto, é preciso cautela, pois não estamos falando de uma viagem de férias. Há uma questão psicológica dos viajantes e de cuidados com sua segurança pessoal, especialmente para aqueles que optam por viajar para as áreas afetadas por calamidades públicas.

Para garantir a segurança pessoal dos viajantes, é essencial buscar fontes seguras para hospedagem em locais mais distantes, especialmente devido ao fechamento do aeroporto e bloqueio de estradas. É importante destacar que as estradas estão bloqueadas e algumas comunidades estão isoladas. A situação é ainda mais desafiadora pela falta de acesso a informações precisas sobre o estado dessas áreas e de seus residentes.

“Recomendamos que os viajantes verifiquem informações em fontes confiáveis e com as autoridades locais. Recebemos informações das autoridades locais de que o resgate e a assistência só podem ser realizados por meio de helicópteros, ressaltando a gravidade da situação. Quem decidir se aventurar no turismo solidário deve estar ciente dessa situação”, afirma Johannes Noebels, CEO da mymento – plataforma de tecnologia para empresas e guias do setor de turismo.

Os viajantes devem estar emocionalmente preparados para lidar com essas situações, conscientes de que testemunharão cenários desafiadores e, muitas vezes, desoladores. “O preparo psicológico envolve não apenas estar ciente dos desafios que serão encontrados, mas cultivar uma atitude de empatia, aceitação e esperança, buscando entender e apoiar as comunidades locais de maneira respeitosa ao que está ocorrendo. Famílias perderam suas casas e muitos entes queridos, uma situação que infelizmente marcará a história do país”, avalia Johannes.

“É importante ressaltar que as autoridades estão reforçando que precisam de ajuda, mas ajude de maneira oficial. A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul lançou um formulário para voluntários que desejam atuar em tarefas de organização, seleção e triagem das doações de ajuda humanitária”, afirmou o CEO da mymento.

Instituições, empresas e ou grupos interessados no voluntariado também podem preencher o cadastro: Link.