Por João Paulo Penedo

Na madrugada da última segunda-feira (29), o Brasil testemunhou um momento de reencontro com sua própria história. No Buraco do Tatu, viaduto que liga o Eixão Sul ao Eixão Norte, por baixo da rodoviária do Plano Piloto, trabalhadores do DER-DF fizeram uma descoberta que reverbera até hoje: o Marco Zero de Brasília. Esse ponto, que havia se perdido ao longo do tempo, representa o início oficial da capital do país, de onde saíram as primeiras marcações de topografia e engenharia de Brasília.

O significado do marco zero

Em urbanismo, o Marco Zero é mais do que um ponto geográfico; é um símbolo. Ele marca o “nascimento” ou o “ponto de origem” de uma cidade. No caso de Brasília, o Marco Zero representa a concretização da intenção de construir a capital. É a primeira semente plantada, a mão na massa literalmente. O historiador Leônio Matos explica que, em 2023, o Instituto Histórico e Geográfico do DF (IHG-DF) lançou um Marco Zero simbólico por causa do “sumiço” do original. Agora, com sua redescoberta, o verdadeiro Marco Zero se soma à lista dos pontos turísticos do Distrito Federal.

O resgate da memória

As obras de recuperação das pistas de concreto do Buraco do Tatu duraram todo o mês de julho. Rachaduras e infiltrações foram tratadas, juntas de dilatação foram abertas, e todo o concreto das pistas foi trocado. Além disso, a sinalização vertical e horizontal foi renovada, e as paredes foram limpas. O viaduto foi liberado na quinta-feira (1º) às 9h30.

Hoje, o Marco Zero é mais do que um ponto central; é um elo com nossa origem, uma conexão com os sonhos e a coragem que moldaram Brasília. Que essa marca continue a inspirar gerações!