Em uma revelação surpreendente, Brasília, a capital do Brasil, agora abriga a maior favela do país. O Setor Habitacional Sol Nascente, localizado no Distrito Federal, ultrapassou a Rocinha, no Rio de Janeiro, em número de domicílios, tornando-se a maior favela do Brasil.

De acordo com os dados preliminares do Censo 2022, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Sol Nascente agora possui 32.081 domicílios, enquanto a Rocinha tem 30.955. Isso marca um crescimento significativo de 31% em comparação com 2010 para o Sol Nascente.

O Sol Nascente começou a ser ocupado nos anos 1990, com cerca de 80 moradias. Localizado a 35 quilômetros do centro de Brasília, a região cresceu rapidamente e, em 2019, tornou-se uma região administrativa. Antes disso, a região fazia parte de Ceilândia, que tem cerca de 500 mil habitantes.

Apesar de suas origens humildes e desafiadoras, o Sol Nascente tem visto melhorias significativas ao longo dos anos. “Quando eu cheguei, em 2015, era só lama. Não tinha outra coisa. Tudo o que você olhava era lama. Hoje está 50 vezes melhor”, conta o motoboy Cássio Silva.

No entanto, ainda existem desafios a serem superados. A infraestrutura básica, como pavimentação e saneamento, ainda é uma questão pendente em muitas áreas da favela. Além disso, a questão da posse de terra e a proteção legal contra despejos forçados e remoções são preocupações constantes para os moradores.

Para o líder comunitário Edson Batista, o Sol Nascente não é uma favela. “Somos uma cidade. Precisamos de um conjunto de melhorias para tirar essa imagem”, afirma.

A história do Sol Nascente é um testemunho da resiliência e da determinação de seus habitantes. Apesar dos desafios, a comunidade continua a crescer e a prosperar, contribuindo para a diversidade e a riqueza cultural de Brasília. Com o apoio adequado e investimentos contínuos em infraestrutura e serviços públicos, o Sol Nascente tem o potencial de se tornar um exemplo brilhante de desenvolvimento urbano inclusivo.