Com 17 perguntas, questionário preparado pelo TJDFT apura se a pessoa vive uma relação amorosa abusiva. Situações de violência devem ser denunciadas imediatamente

Seu companheiro lhe vigia ou controla suas ações? Seu namorado ou marido lhe proíbe de estudar e de trabalhar? Ele já te xingou ou te bateu? Essas são algumas das 17 perguntas de um questionário elaborado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para avaliar se a mulher vive um relacionamento abusivo. As questões abrangem tanto violências físicas como psicológicas. Sobre este ponto, uma pergunta que chama a atenção é se o companheiro já ameaçou a mulher caso ela o abandone dizendo que ela não encontraria ninguém que não fosse ele.

Há também ameaças físicas, como a pergunta que questiona se o homem já bateu, empurrou, chutou, beliscou, puxou o cabelo ou já atingiu a mulher com objetos arremessados. As perguntas podem ser respondidas com “sim” ou “não”.

O TJDFT alerta que se a mulher marcou “sim” em uma ou mais perguntas, ela pode estar sofrendo violência e, por isso, deve ser ajudada pelo Estado. O canais de apoio à mulher, também publicados no questionário, vão desde o serviço Central de Atendimento à Mulher – DF – 156 – Opção 6 à Polícia Militar do Distrito Federal – 190.

O Correio separou as 17 perguntas elaboradas pelo TJDFT. Confira:

  1. Seu companheiro vigia ou controla o que você faz?
  2. Seu companheiro costuma demonstrar ciúmes com frequência?
  3. Seu companheiro proíbe você de visitar familiares e de manter amizades?
  4. Seu companheiro critica ou briga por qualquer coisa que você faz, veste, come ou fala?
  5. Seu companheiro proíbe ou atrapalha você de trabalhar ou estudar?
  6. Seu companheiro xinga ou humilha você na frente de familiares ou amigos?
  7. Seu companheiro ameaça, faz chantagens ou a acusa de coisas que você não fez?
  8. Seu companheiro controla o dinheiro e a obriga a prestar contas, mesmo quando você trabalha?
  9. Seu companheiro já chegou a destruir seus objetos pessoais, de valor sentimental ou objetos da casa?
  10. Seu companheiro diz que se você não for dele não será de mais ninguém, e a ameaça caso o abandone?
  11. Seu companheiro atinge você emocionalmente e a faz se sentir culpada, fazendo você se isolar e ter vergonha de contar a alguém sobre a violência vivenciada?
  12. Seu companheiro faz questão de lhe contar que tem arma de fogo ou a exibe para você?
  13. Seu companheiro já chegou a agredi-la fisicamente (bater, empurrar, chutar, beliscar, puxar o cabelo, jogar objetos, etc.)?
  14. Seu companheiro já agrediu você (física ou verbalmente) na frente de seus filhos?
  15. Seu companheiro já agrediu você ou outra pessoa da família?
  16. Seu companheiro .já obrigou você a manter relações sexuais contra sua vontade ou a fazer sexo de uma forma que você não goste (por exemplo: sexo anal, oral ou em grupo)?
  17. As brigas e as agressões estão ficando mais frequentes e mais graves?

Caso alguma pergunta seja respondida com “sim”, o TJDFT reforça ser o momento de procurar ajuda imediatamente. 

Mais informações e onde denunciar situações de violência de gênero?

TJDFT

O próprio tribunal do DF oferece ajuda a mulheres vítimas de relacionamentos abusivos. No site do TJDFT, há cartilhas explicativas sobre os diferentes tipos de violência que a vítima pode sofrer, como denunciar situações de violência contra as mulheres, explicações sobre a Lei Maria da Penha, sobre o que é uma medida protetiva e como solicitar. Confira

Centos Especializados de Atendimento à Mulher (CEAMs)

Os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (CEAM) oferecem acolhimento e acompanhamento social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica às mulheres em situações de violências de gênero. Buscam promover e assegurar o fortalecimento da autoestima, da autonomia e o resgate da cidadania das mulheres, além da prevenção, interrupção e superação das situações de violações aos seus direitos.

Rede de Proteção às Mulheres do Distrito Federal

Para buscar instituições que oferecem assistência e atendimento em relação à violência, aos cuidados com saúde mental entre outros pontos, um catálogo foi feito para dar acesso aos diferentes serviços oferecidos na Rede de Proteção às Mulheres no Distrito Federal.

Órgãos de polícia

As Polícias Militar e Civil podem ser acionadas por meio de canais que funcionam 24 horas por dia. Veja como denunciar:

Telefone 197 – Polícia Civil do Distrito Federal

Telefone 190 – Polícia Militar do Distrito Federal

E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br

Delegacia eletrônica

Whatsapp: (61) 98626-1197

O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.

  • Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)Endereço: EQS 204/205, Asa Sul
  • Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212
  • Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)

Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro

Telefone: (61) 3207-7391

Reprodução 0Correio Brasiliense