O dólar inverteu o sinal e opera em alta nesta sexta-feira (5), em um movimento de leve correção das fortes baixas registradas nos últimos dois pregões, com investidores ainda repercutindo o anúncio de que o governo está comprometido com a meta fiscal brasileira.

Na noite de quarta-feira (3), depois de um dia inteiro de reuniões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25 bilhões em despesas e disse que Lula determinou que seja cumprido o arcabouço fiscal.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em baixa. Veja abaixo o resumo dos mercados:

Dólar

  • Às 10h20, o dólar subia 0,24%, cotado a R$ 5,4998. No dia anterior, o dólar teve queda de 1,46%, cotado a R$ 5,4869. Com o resultado, acumulou:
    • Queda de 1,82% na semana;
    • Recuo de 1,82% no mês;
    • Alta de 13,07% no ano.

Ibovespa

  • No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,36%, aos 126.623 pontos. Na véspera, o índice teve alta de 0,40%, aos 126.164 pontos. Com o resultado, acumulou:
    • Alta de 1,82% na semana;
    • Ganhos de 1,82% no mês;
    • Perdas de 5,98% no ano.

O que Está Mexendo com os Mercados?

Em um dia de agenda econômica esvaziada no Brasil, o pregão segue ressoando os últimos acontecimentos políticos, das críticas de Lula ao BC ao anúncio do corte de R$ 25 bilhões no Orçamento. Relembre os principais acontecimentos da semana que mexeram com o mercado interno:

  • Nos últimos dias, críticas do presidente Lula reacenderam o temor no mercado de que o governo não estivesse comprometido com a responsabilidade fiscal. O alívio nas tensões políticas em torno do compromisso do governo com o fiscal brasileiro trouxe um tom mais positivo para os mercados, especialmente após falas de Haddad na noite de quarta-feira (3).
  • “Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo”, afirmou o ministro, em coletiva de imprensa. Haddad ainda prometeu cortes no Orçamento de 2025, com algumas despesas obrigatórias.

O mercado está atento às movimentações políticas e às medidas fiscais, buscando sinais de comprometimento com a estabilidade econômica. A volatilidade deve continuar, mas as declarações recentes trouxeram algum alívio aos investidores.