Estudos recentes têm apontado uma preocupação crescente entre oncologistas sobre a relação entre mudanças climáticas e o aumento do risco de câncer. A poluição ambiental, o aumento da exposição à radiação ultravioleta e a presença de produtos químicos tóxicos são alguns dos fatores que contribuem para essa tendência alarmante.

Principais tipos de câncer afetados

  1. Câncer de pulmão: A poluição do ar, especialmente a presença de partículas finas, é um dos principais fatores associados ao aumento de casos de câncer de pulmão. Estudos indicam que a exposição a incêndios florestais, por exemplo, pode aumentar a incidência de câncer de pulmão em até 4,9%.
  2. Câncer de pele: O aumento das temperaturas e a degradação da camada de ozônio resultam em maior exposição à radiação ultravioleta, elevando o risco de câncer de pele.
  3. Câncer de mama e cérebro: Alguns estudos sugerem que a exposição a poluentes ambientais também pode estar relacionada ao aumento de tumores nos pulmões, mamas e cérebros.

As partículas finas presentes na poluição do ar são classificadas como carcinógenos do grupo 1 pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. Essas partículas podem prejudicar os mecanismos de reparo do DNA do nosso organismo, aumentando o risco de mutações que levam ao câncer.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a poluição do ar seja responsável por aproximadamente 14% dos casos de câncer de pulmão no mundo. Além disso, a exposição a eventos climáticos extremos, como incêndios florestais e ondas de calor, pode agravar ainda mais esse cenário.

As mudanças climáticas representam uma ameaça significativa à saúde pública, aumentando o risco de câncer devido à poluição ambiental e à exposição a radiação ultravioleta. É crucial que medidas sejam tomadas para mitigar esses impactos e proteger a saúde da população.