O Distrito Federal (DF) registrou, em 2024, o maior rendimento médio do país, atingindo R$ 5.043, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse valor é 56% superior à média nacional, que chegou a R$ 3.225, a mais alta desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
O alto rendimento na capital federal é impulsionado, principalmente, pela grande presença de servidores públicos, que costumam ter salários superiores aos do setor privado. Além do DF, outros oito estados superaram a média nacional: São Paulo (R$ 3.907), Paraná (R$ 3.758), Rio de Janeiro (R$ 3.733), Santa Catarina (R$ 3.698), Rio Grande do Sul (R$ 3.633), Mato Grosso (R$ 3.510), Mato Grosso do Sul (R$ 3.390) e Espírito Santo (R$ 3.231).
Por outro lado, os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165). A diferença de 146% entre o maior e o menor rendimento reforça as desigualdades regionais, evidenciando a concentração de melhores salários em locais com maior presença de setores econômicos dinâmicos e empregos formais.
Apesar da liderança do Distrito Federal no ranking, o rendimento médio em 2024 ficou abaixo do recorde histórico da região, que foi de R$ 5.590 em 2015. Em contrapartida, a média nacional e 13 estados alcançaram seus maiores valores já registrados. Entre os estados que bateram recordes estão Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e toda a Região Sul.
O levantamento também mostrou que, em 14 estados, a taxa de desemprego anual atingiu seu menor nível já registrado. A Pnad Contínua acompanha a evolução do mercado de trabalho para pessoas a partir de 14 anos, considerando diversas formas de ocupação, como empregos com e sem carteira assinada, trabalhos temporários e atividades autônomas.