Em um movimento que reverbera no mercado global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados. Essa decisão tem implicações significativas para o Brasil, um dos principais fornecedores desses metais para os EUA.

O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá. Em 2024, o país exportou cerca de US$ 5,7 bilhões em aço para os EUA, representando 48% das exportações totais de ferro e aço. Com as novas tarifas, os exportadores brasileiros podem enfrentar desafios para manter sua competitividade no mercado norte-americano.

A indústria automobilística, a construção civil e a produção de máquinas e energia são os principais setores que utilizam aço e alumínio. A elevação das tarifas pode resultar em aumento dos custos de produção e, consequentemente, nos preços dos produtos finais.

Em 2018, durante seu primeiro mandato, Trump já havia imposto tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. No entanto, concedeu isenções a vários países, incluindo Brasil, que foram limitadas a uma cota. A nova medida pode significar a perda dessas isenções e a necessidade de renegociação.

As ações de empresas americanas de aço e alumínio subiram no mercado após o anúncio, enquanto as empresas estrangeiras, incluindo as brasileiras, enfrentaram quedas. O setor siderúrgico brasileiro pode precisar buscar novos mercados ou ajustar suas estratégias para lidar com as tarifas.

A decisão de Trump pode desencadear novas disputas comerciais e aumentar a incerteza no mercado global. O Brasil precisará adotar medidas para proteger seus interesses e negociar com os EUA para mitigar os impactos das tarifas.