O Distrito Federal está enfrentando uma crise na área de saúde bucal. De acordo com informações obtidas pela Lei de Acesso à Informação (LAI), em 4 de abril de 2024, apenas 22,14% das equipes odontológicas do programa Saúde da Família, do Ministério da Saúde (MS), estavam completas.
Quando consideramos todas as equipes odontológicas, incluindo as da Secretaria de Saúde e as do programa Saúde da Família, a cobertura completa de saúde bucal no DF é de apenas 36,14%. Isso representa uma queda em relação ao ano anterior, quando o percentual era de cerca de 33%.
Essa situação coloca o DF atrás de outros estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que têm taxas de cobertura de saúde bucal de 60,41%, 62,66% e 78,18%, respectivamente.
A falta de profissionais tem impactado diretamente a população. Por exemplo, Andreza Caroliny Rodrigues Pereira, 19 anos, tem enfrentado dificuldades para conseguir atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Maria para extrair os quatro sisos e fazer a limpeza na arcada dentária.
Apesar de haver um concurso em aberto para cirurgião-dentista, apenas 132 profissionais foram nomeados até agora, enquanto 3.780 profissionais aguardam convocação no cadastro reserva. Isso tem levado a dificuldades de atendimento em várias unidades, incluindo o hospital regional de Planaltina e unidades básicas de Saúde (UBSs) da Fercal, Ceilândia Riacho Fundo 1, Riacho Fundo 2, Núcleo Bandeirante e Estrutural.