Nesta segunda-feira, 16 de setembro, Brasília amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça, resultado de um incêndio de grandes proporções que atingiu a Floresta Nacional de Brasília (FLONA). O incêndio, que começou no domingo (15), já destruiu cerca de 1.200 hectares de vegetação, equivalente a aproximadamente 1.600 campos de futebol.

Impacto na qualidade do ar

A qualidade do ar na capital foi severamente afetada, com medições indicando níveis insalubres de poluição. A plataforma suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar em tempo real, classificou a situação como “insalubre”, especialmente nas regiões próximas ao Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Parque da Água Mineral. A fumaça densa reduziu a visibilidade e dificultou a respiração dos moradores, principalmente nas áreas da Asa Norte e Noroeste.

Causas e investigações

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que o incêndio teve início na divisa do parque com a Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as causas do incêndio, com suspeitas de que o fogo tenha sido iniciado de forma intencional.

Resposta das autoridades

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado por volta das 11h20 de domingo para combater as chamas. Apesar dos esforços, o fogo se espalhou rapidamente devido às condições climáticas adversas, como a seca prolongada e a baixa umidade do ar. Brasília está há 146 dias sem chuva, o que agrava a situação.

Cuidados com a saúde

As autoridades de saúde alertam a população para os riscos associados à inalação da fumaça. Sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, além de dificuldade para respirar, são comuns em situações como esta. Recomenda-se aumentar a ingestão de água, evitar atividades físicas ao ar livre e manter ambientes internos bem ventilados ou com purificadores de ar.

O incêndio na FLONA de Brasília é um lembrete alarmante da vulnerabilidade das áreas de conservação ambiental e da importância de medidas preventivas rigorosas. Enquanto as investigações continuam, a população da capital enfrenta os desafios de lidar com a poluição do ar e os impactos na saúde pública.