Brasília, 17 de setembro de 2024 – O Distrito Federal está enfrentando uma grave crise de qualidade do ar, com níveis de poluentes atmosféricos 11 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A névoa densa que encobre a região representa um risco significativo à saúde da população, especialmente em caso de inalação prolongada.

De acordo com dados de monitoramento em tempo real, a qualidade do ar no DF atingiu níveis “perigosos” em várias áreas, incluindo Águas Claras e Asa Norte. A concentração de partículas finas do tipo PM 2,5, que são pequenas o suficiente para penetrar profundamente nos pulmões, está em níveis alarmantes. Essas partículas podem causar sérios problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, respiratórias e até mesmo acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Riscos à saúde

Especialistas alertam que a exposição contínua a esses níveis de poluição pode levar a um aumento nas internações hospitalares e até mesmo a mortes prematuras. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os mais vulneráveis. O Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100 para reduzir a inalação dessas partículas nocivas.

Impacto na rotina

A névoa espessa e a má qualidade do ar têm impactado a rotina dos moradores do Distrito Federal. Escolas e universidades têm suspendido aulas, e atividades ao ar livre são fortemente desencorajadas. A população é aconselhada a manter portas e janelas fechadas e a evitar exercícios físicos ao ar livre.

Esforços de mitigação

As autoridades locais estão em alerta máximo e têm intensificado os esforços para combater os incêndios florestais que contribuem para a poluição do ar. A Polícia Federal está investigando as causas dos incêndios, que já destruíram milhares de hectares de vegetação. A colaboração da população é crucial, evitando ações que possam provocar novos focos de incêndio.