O Ministério da Defesa anunciou o início do alistamento obrigatório para mulheres em caráter experimental, marcando uma nova era na inclusão de gênero nas Forças Armadas brasileiras. A iniciativa será testada no Distrito Federal e em outras 28 cidades espalhadas pelo país.
Para participar, as candidatas devem:
- Ser brasileiras natas ou naturalizadas;
- Ter entre 18 e 25 anos;
- Estar em plena saúde física e mental;
- Não possuir antecedentes criminais.
O alistamento pode ser realizado pelo site oficial do Exército Brasileiro ou presencialmente nas juntas militares das localidades participantes.
Após o alistamento, as mulheres selecionadas passarão por um processo de triagem, exames médicos e avaliação psicológica. As recrutas que forem admitidas participarão de treinamentos militares regulares e poderão atuar em áreas como logística, comunicações, saúde e operações de campo.
O projeto piloto tem como objetivo ampliar a participação feminina nas Forças Armadas, que hoje é de apenas 8% do efetivo total. A ideia é avaliar a viabilidade de estender o alistamento feminino obrigatório para todo o país nos próximos anos, promovendo maior equidade de gênero na defesa nacional.
O prazo para o alistamento vai até o final de fevereiro de 2025. Para se inscrever, as candidatas devem apresentar RG, CPF, comprovante de residência e certificado de conclusão do Ensino Médio ou declaração de matrícula escolar.
A iniciativa foi recebida com entusiasmo por especialistas em defesa e igualdade de gênero, mas também enfrenta críticas de setores conservadores. Ainda assim, representa um avanço histórico no reconhecimento da capacidade das mulheres de contribuir para a segurança e soberania nacional.