O Distrito Federal registrou um aumento de quase 600% nos casos de dengue em 2024, atingindo números críticos que expõem falhas na prevenção e controle da doença. Até o momento, 440 pessoas perderam a vida, tornando este o ano mais letal para a dengue na região.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o número de casos passou de 21.000 em 2023 para 148.000 em 2024. A escalada é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo chuvas intensas, aumento de focos do mosquito Aedes aegypti, e falhas nas políticas de prevenção.
As 440 mortes confirmadas representam um aumento significativo em relação aos anos anteriores. A maioria das vítimas são idosos e pessoas com doenças crônicas, que apresentaram complicações graves da doença, como dengue hemorrágica.
A alta demanda por atendimentos sobrecarregou a rede pública de saúde, com emergências lotadas e atraso na realização de exames. Hospitais relataram falta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e dificuldades na aquisição de insumos para tratar os casos mais graves.
Estratégias de Combate
O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou medidas emergenciais para conter o avanço da doença:
- Mutirões de limpeza em regiões críticas para eliminar criadouros do mosquito;
- Pulverização de inseticidas em áreas com maior incidência;
- Ampliação de equipes de saúde para intensificar ações de conscientização.
Apesar dos esforços, especialistas alertam que as ações são reativas e não suficientes para resolver o problema de forma sustentável. A falta de investimentos em saneamento básico e a ausência de campanhas educativas frequentes são apontadas como fatores que perpetuam a crise.
Prevenção é a Melhor Arma
Autoridades de saúde reforçam a importância de ações individuais na prevenção da dengue, como:
- Eliminar água parada em recipientes;
- Limpar calhas e caixas d’água;
- Utilizar repelentes e telas de proteção.