O ultrassom morfológico do segundo trimestre é um dos exames mais importantes do pré-natal, realizado entre 20 e 24 semanas de gestação. Ele permite uma avaliação detalhada da anatomia do bebê, identificando possíveis malformações congênitas e garantindo um acompanhamento mais preciso da saúde fetal. No entanto, apesar de sua relevância, muitas gestantes enfrentam dificuldades para realizar esse exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já que ele não é oferecido em todas as cidades brasileiras.

Por que o ultrassom morfológico do segundo trimestre é essencial?

Diferente dos ultrassons convencionais, que verificam o crescimento do bebê e aspectos gerais da gestação, o exame morfológico tem um papel mais detalhado e técnico. Ele avalia:
Cabeça e cérebro – Identifica possíveis alterações neurológicas, como hidrocefalia e anencefalia.
Face e boca – Detecta condições como lábio leporino e outras anomalias faciais.
Coluna vertebral – Verifica se há espinha bífida, uma má formação da coluna.
Coração – Analisa as quatro câmaras cardíacas, garantindo que o órgão está se desenvolvendo corretamente.
Órgãos internos – Avalia rins, bexiga, estômago e intestinos, verificando possíveis alterações estruturais.
Cordão umbilical e placenta – Confirma se há fluxo sanguíneo adequado e se a placenta está bem posicionada.

Além disso, o exame pode indicar risco de parto prematuro, permitindo que os médicos tomem medidas preventivas para garantir uma gestação mais segura.

Perguntas que você pode fazer durante o exame

Muitas gestantes ficam em dúvida sobre o que perguntar ao médico durante o ultrassom morfológico. Aqui estão algumas questões importantes:
🔹 O bebê tem todos os órgãos e membros formados corretamente?
🔹 O coração está funcionando bem? Há alguma alteração nas válvulas ou artérias?
🔹 A placenta está bem posicionada? Há risco de placenta prévia?
🔹 O líquido amniótico está em quantidade adequada?
🔹 O bebê está crescendo dentro dos padrões esperados para a idade gestacional?
🔹 Há sinais de síndromes genéticas ou malformações?

A realidade do SUS: nem todas as cidades oferecem o exame

Apesar da importância do ultrassom morfológico, muitas cidades brasileiras não oferecem esse exame pelo SUS. Em algumas regiões, as gestantes precisam recorrer a clínicas particulares, onde o custo pode variar entre R$ 250 e R$ 1.500.

A falta de acesso ao exame no sistema público pode comprometer o diagnóstico precoce de condições graves, dificultando o planejamento médico e aumentando os riscos para mãe e bebê. Especialistas defendem que o ultrassom morfológico deveria ser obrigatório no SUS, garantindo que todas as gestantes tenham acesso a um acompanhamento adequado.

O ultrassom morfológico do segundo trimestre é um exame fundamental para garantir a saúde do bebê e da gestante. Ele permite a identificação precoce de problemas estruturais e ajuda os médicos a tomarem decisões importantes sobre o pré-natal. No entanto, a falta de acesso ao exame pelo SUS em diversas cidades brasileiras reforça a necessidade de políticas públicas que ampliem sua oferta.

Se você está grávida e não tem acesso ao exame pelo SUS, procure informações sobre clínicas populares ou programas de assistência que possam oferecer o ultrassom a preços reduzidos. O acompanhamento adequado da gestação é essencial para garantir um parto seguro e um bebê saudável.