De 26 de julho a 07 de setembro, a arte ganha novos sentidos no JK Shopping com a exposição Sensibilità: uma experiência sensorial e inclusiva, realizada no JK Espaço Arte (Piso S1). A mostra inovadora convida o público a explorar a arte além da visão, por meio de uma vivência multissensorial que integra tato, olfato, paladar e audição. Idealizada pela artista visual Claudia Bertolin, apresenta obras produzidas com a técnica de Fusing, a fusão de vidro e metal em altas temperaturas, que resultam em peças com texturas ricas, cores vibrantes e transparências fascinantes. Sensibilità vai além da exposição tradicional, proporcionando uma imersão artística que amplia o acesso e a conexão com a arte para todos, especialmente para pessoas com deficiência.

A curadoria é assinada pelo artista plástico Bisser Nai, búlgaro radicado em Brasília, que destaca o caráter singular do trabalho de Claudia. “Ela encontra a magia do vidro em fusão com o metal, em uma técnica complexa e ancestral, que remonta aos vitrais medievais da Europa. O resultado são obras cheias de luz, verdadeiros caleidoscópios”, afirma.

O público terá à disposição recursos de acessibilidade, incluindo audiodescrição por QR Code, textos em Braille, monitoria especializada e visitas guiadas voltadas para escolas e grupos com deficiência visual e auditiva. Essas visitas acontecerão em dias específicos e contarão com a presença de intérpretes de Libras.

Além das obras de Bertolin, a exposição apresenta criações desenvolvidas por pessoas com deficiência visual durante oficinas formativas realizadas em instituições do Distrito Federal. As atividades utilizaram pigmentos naturais, diferentes texturas e estímulos sensoriais como ferramentas de expressão artística. Segundo a artista, os participantes não apenas produziram obras, mas tornaram-se protagonistas do processo expositivo.

A iniciativa gera um impacto social significativo ao incluir pessoas com deficiência na equipe técnica. Além disso, os participantes relatam ganhos emocionais e psicológicos derivados da experiência artística. “Recebemos depoimentos que mostram como o contato sensorial com a arte auxiliou indivíduos a superarem episódios de depressão”, destaca Claudia.