Na noite desta segunda-feira (1º/09), o Jornal Nacional encerrou sua edição com um momento raro e marcante: o jornalista William Bonner, âncora e editor-chefe do telejornal há quase três décadas, falou diretamente aos espectadores para anunciar sua saída da bancada. O gesto veio após o furo da colunista Carla Bittencourt, que antecipou a informação em seu portal.
Durante o pronunciamento, Bonner explicou que a decisão foi amadurecida ao longo de cinco anos, em diálogo com a direção da TV Globo. Ele revelou que o desejo de deixar o jornalismo diário surgiu da necessidade de dedicar mais tempo à família e investir em novos projetos profissionais.
“Foram cinco anos desde a minha primeira conversa com a direção do jornalismo sobre o desejo de reduzir a carga horária e as responsabilidades exigidas pela chefia e pela apresentação do JN. Precisamos superar a fase crítica da pandemia, arquitetar sucessões e preparar sucessores até a data do anúncio das novidades”.
Bonner permanecerá no comando do Jornal Nacional até 3 de novembro de 2025, quando será substituído por César Tralli, que dividirá a bancada com Renata Vasconcellos. A atual editora-chefe adjunta, Cristiana Sousa Cruz, assumirá a chefia do telejornal.
A partir de 2026, Bonner passará a integrar a equipe do Globo Repórter, ao lado de Sandra Annenberg, realizando um antigo sonho pessoal de atuar no programa que nunca havia apresentado em seus 39 anos de carreira na emissora.
A despedida marca o fim de uma era no telejornalismo brasileiro. Bonner esteve à frente do Jornal Nacional por 29 anos como âncora e 26 como editor-chefe, sendo a face mais reconhecida do principal noticiário da TV Globo.
