O recente desabafo de Evaristo Costa sobre viver com a doença de crohn trouxe à tona um tema pouco discutido, mas urgente: as chamadas doenças ocultas. Aos 48 anos, o jornalista contou que a condição o obriga a ir ao banheiro até 40 vezes por dia e já o colocou em situações constrangedoras, como ser barrado no uso de um banheiro em restaurantes ou não conseguir prioridade para uso do banheiro em um voo.
Para lidar com esse desafio invisível aos olhos de quem convive com ele, Evaristo passou a usar o Cordão de Girassol, acessório que identifica pessoas com doenças ou deficiências não aparentes. O item é reconhecido em diversos países e, no Brasil, vem ganhando espaço como ferramenta de inclusão.
Mas a doença de Crohn não é a única nessa categoria. Outras condições, como a retocolite ulcerativa e a ostomia, também exigem adaptações diárias e enfrentam barreiras sociais que vão além do tratamento clínico. Muitas vezes, a falta de informação transforma sintomas e necessidades em constrangimento.
“É excelente que o ostomizado ou quem tem crohn possa usar um serviço preferencial sem precisar expor essa condição, apenas utilizando um acessório indicativo”, explica Thiago Moreschi, CEO da Vuelo Pharma, empresa que desenvolve produtos para saúde e soluções para pessoas com doenças ocultas. Um exemplo é o Gelificador, produto que evita vazamentos e odores em bolsas de ostomia, reduzindo a insegurança no convívio social.
O estigma em torno dessas condições faz com que muitos pacientes vivam um sofrimento silencioso. O Cordão de Girassol, ao oferecer um sinal discreto de identificação, atua como ponte para respeito e compreensão.