O documentário Uma Praia no Quadradinho – A História do Beach Tennis no DF teve sua estreia no último domingo (7), em sessão realizada no cinema do Casapark. O evento reuniu 160 convidados e marcou a apresentação pública da produção que registra a trajetória da modalidade no Distrito Federal.
Antes da exibição, o público acompanhou um talk conduzido pela jornalista e influenciadora de beach tennis Naná Ferro. A conversa abordou o desenvolvimento do esporte no Brasil e no mundo, além do cenário local e das perspectivas para os próximos anos. A sessão apresentou ao público o conteúdo do documentário, que reúne depoimentos, registros e momentos que compõem a consolidação do beach tennis no DF. O lançamento marcou a abertura oficial da circulação da obra entre atletas, praticantes e interessados na modalidade.
Na mesa, nomes que carregam peso e trajetória no cenário esportivo e institucional, como a idealizadora do evento Dani Brito, que também é presidente do Instituto Calango; Alex Pedra, vice-presidente da Federação Brasiliense de Tênis e Beach Tennis; Bruno Ferreira, diretor da Zenith Marketing; Renata D’Aguiar, subsecretária de Promoção das Mulheres e atleta da modalidade; Delano Choairy, empresário e professor de beach tennis da Calango Beach Tennis; e Alessandro Calbucci, multicampeão mundial e um dos maiores nomes do esporte. Além de compartilharem suas expertises, cada um trouxe um recorte afetivo dessa história — dos primeiros passos ainda tímidos à explosão que fez do DF uma das regiões mais vibrantes da modalidade.
Mas foi quando Alessandro Calbucci pegou o microfone que o auditório silenciou de um jeito diferente. Pentacampeão mundial, seis anos consecutivos número 1 do ranking mundial, pioneiro na consolidação do beach tennis no Brasil e referência absoluta no esporte, ele falou com a serenidade de quem viu tudo nascer e florescer. Em sua fala, destacou que o beach tennis, vai além das quadras, é um estilo de vida que conecta, acolhe e transforma. Reforçou o impacto positivo do esporte na vida das pessoas e, olhando para o futuro, alertou para a importância de mais organização, união e visão coletiva para que o crescimento seja sustentável e transformador.
Quando finalmente as luzes se apagaram e o documentário começou, a sensação era coletiva: estávamos diante de uma história que é de todos nós. Uma história construída na areia, no esforço, na persistência e no amor pelo esporte, exatamente como Brasília gosta de fazer.
Após a transmissão da película, que conta com roteiro e direção de Dan Rocha, o público voltou sua atenção mais uma vez para Alessandro Calbucci. O atleta aproveitou a ocasião para realizar uma sessão de autógrafos de seu livro “A origem do Beach Tennis. Nascido na Itália e criado no Brasil”, escrito em italiano e português. A fila se formou rápido, e a cena falava por si: sorrisos, conversas rápidas, fotos improvisadas e aquele brilho nos olhos de quem se reconhece parte de algo maior.
“Há mais de cinco anos venho acompanhando o amadurecimento do esporte por aqui e é um prazer, pois confirma o que está acontecendo no Brasil como um todo. Mas, com o número de atletas e torneios que acontecem aqui, acredito que Brasília pode ser protagonista do beach tennis nacional”, avaliou Calbucci. E, para quem ainda não pratica o esporte, ele mandou um recadinho: “Ele pode mudar a tua vida, porque é fácil, superacessível; você pisa na areia com pés descalços, perto do mar, perto do lago, ar livre, embaixo do sol, conhece gente bacana… Acho que não precisa mais que isso. É mágico!”
No fim, a chuva continuava lá fora. Mas ninguém parecia notar. O domingo tinha sido desses que ficam na memória, já que o evento, além de esportivo e cultural, foi também uma ação social. Isso mesmo: cada uma das pessoas presentes fez generosas contribuições para o Instituto Calango, que, entre suas missões, está a democratização do esporte, levando a modalidade para as Regiões Administrativas do Distrito Federal. O fato é que, de um jeito muito bonito, o lançamento deixou claro que o beach tennis no DF não é apenas uma modalidade em ascensão, mas uma comunidade vibrante, afetiva e profundamente orgulhosa de sua própria trajetória.










