Nas vozes de Lívia Bergo, Mirian Marques e Luciana Tavares, espetáculo homenageia o pianista, compositor e arranjador francês, premiado com três estatuetas do Oscar e cinco Grammy Awards por trilhas sonoras de clássicos do cinema
Entrada franca. Dias 6, 8 e 12 de julho
O pianista, arranjador, maestro e compositor Michel Legrand é o homenageado no espetáculo “Elas cantam Legrand”, projeto inédito que presta tributo ao vencedor do Oscar por Melhor Canção Original (três estatuetas), 5 Grammys e Globo de Ouro. Nas vozes de Lívia Bergo, Mirian Marques e Luciana Tavares, a homenagem ao premiado cantor e músico francês terá três apresentações, dias 6 e 8 de julho, no CTJ HALL, na Casa Thomas Jefferson, e dia 12 de julho, no Teatro da Escola de Música de Brasília). Sempre às 19h30 e com entrada gratuita ao público.
Com arranjos inéditos, o espetáculo “Elas cantam Legrand” reúne sucessos do artista que musicou os filmes, “Duas Garotas Românticas” (1967), “Tempo de Amar, Tempo de Esquecer” (1969), “Uma Mulher é Uma Mulher” e escreveu e trabalhou com grandes nomes da música, como Frank Sinatra, Edith Piaf e Robert Altman, através de uma ótica brasileira, cheia de diversidade de estilos e linguagens que unem música popular e erudita. Somados ao jazz ensemble formado por Iara Gomes, Bruno Rejan e Elias Caires, o show conta com as participações especiais do Maestro Deyvison Miranda (piano) e da violinista Kathia Pinheiro.
Nuances características de linguagens da música erudita e da música popular, somam seus predicados em releituras que visam quebrar engessamentos estilísticos com um único objetivo: homenagear este excelente compositor, que em sua carreira sempre buscou promover a diversidade através da integração dos estilos das diversas linguagens musicais.
“Elas Cantam Legrand” promete releituras de peças do compositor, unindo ritmos brasileiros e enriquecendo o repertório com a criação de uma conexão sem barreiras entre música popular e aspectos da linguagem musical erudita.
Conhecido mundialmente por sua obra para o cinema, tendo recebido três Oscar e cinco Grammy por trilhas sonoras, quando questionado sobre seu status de músico atípico e compulsivo, se apressava em dizer: “Desde menino, minha ambição é viver totalmente rodeado de música. Meu sonho é não perder nada. É por isso que nunca me decidi por uma disciplina musical. Amo tocar, reger, cantar e escrever, e em todos os estilos. Então coloco minhas mãos em tudo – não apenas um pouco de tudo. Muito pelo contrário. Faço todas essas atividades ao mesmo tempo, com seriedade, sinceridade e profundo comprometimento”.
Provavelmente, ainda que não saiba, a grande maioria dos brasileiros apreciadores da música para cinema, do jazz ou da música lírica, já ouviu em algum momento peças de Legrand, um compositor tão eclético quanto prolífico. Legrand é sem dúvida um nome importante na história do Jazz Franco-americano. O compositor francês conta com uma obra de mais de 250 músicas para cinema e TV, gravou suas canções com famosas cantoras líricas como Jessye Norman, Kiri Te Kanawa e Natalie Dessay, e também com cantores e instrumentistas da música popular como Barbra Streisand, Miles Davis, Sarah Vaughan, Maurice André, Nana Mouskouri, Ivan Lins e Pedro Paulo Castro Neves. Também tocou para Elis Regina, que interpretou suas canções em especial para TV alemã e grandes nomes da música e do cinema, como Ray Charles, Frank Sinatra, Edith Piaf, Sarah Voughan, Jean Cocteau, Orson Welles, Clint Eastwood e Robert Altman.
Apaixonado pela música em todas as suas formas e cores, Michel Legrand derramou paixão sobre a sua obra. Sempre à vontade em qualquer situação musical, ele derrubou as barreiras entre o jazz, a música clássica e a música de fácil apreciação.
Sobre Michel Legrand
Maestro, compositor, ator, cantor, pianista, arranjador, músico de jazz, roteirista e diretor de cinema. Nascido em Paris, França, em 1932, cidade que faleceu no dia 26 de janeiro de 2019, Michel Legrand era um artista completo. Aos 10 anos entrou para o conservatório da Paris, formando-se com honras aos 11 anos. Grande arranjador, nas décadas de 1960 começou a compor trilhas sonoras para filmes, trabalhando para Agnès Varda, Jean-Luc Godard e especialmente para Jacques Demy. Em 1966 Legrand resolveu mudar-se da França para os Estados Unidos e com o apoio do compositor de cinema Henry Mancini chegou a Hollywood. Nessa época, Legrand musicou os filmes, “Duas Garotas Românticas” (1967), “Tempo de Amar, Tempo de Esquecer” (1969) e escreveu a música “The Winndmills of Your Mind” que compôs a trilha sonora do filme “Crow, o Magnífico” (1968), que lhe valeu seu primeiro Oscar, em 1969. É dele a trilha sonora dos filmes: “Uma Mulher é Uma Mulher” (1961), “Cléo das 5 às 7” (1961), “Lola, a Flor Proibida” (1961), “Viver a Vida” (1963), “A Bahia dos Anjos” (1963) e clássico musical “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964), com Catherine Deneuve, incluindo as canções “I Will Wait For You” e “Watch What Happens”. Michel Legrand era considerado um dos principais compositores da história do cinema. Suas composições renderam 17 indicações ao prêmio Grammy e cinco Globos de Ouro. Além de várias indicações, Michel Legrand ganhou três prêmios Oscar: Melhor Canção Original com “The Windmills of Your Mind”, do filme “Crown, o Magnífico” (1968); Melhor Canção Original com “Hold Tight”, da trilha sonora de “Houve uma Vez um Verão” (1971) e Melhor Musical Original com músicas compostas a seis mãos com Alan Bergman e Marilyn Bergman do filme “Yentil” (1983), roteirizado e estrelado por Barbara Streisand.
Sobre Lívia Bergo
Graduada em Música pela Universidade de Brasília e Mestre em Canto pelo Conservatorio di Musica di Perugia – Italia. Cantou sob a batuta dos italianos Emanuele Lippi e Giuseppe Cataldo, de Olaf Storbeck (Alemanha), Elena Herrera (Cuba), Silvio Barbato, Ayrton Escobar, Ira Levin (US), Lincoln Andrade, Emílio de César, David Junker, Marcelo Ramos e Marconi Araújo, dentre outros. Dentre as obras já performadas, destacam-se de Verdi La Traviata no papel título, de Puccini La Bohème, como Mimi, de Bizet Carmen como Micaela, de Donizetti Lucia di Lammermoor como Lucia; de Mozart A Flauta Mágica, como Pamina em Weimar – Alemanha, Don Giovanni como Dona Elvira, Vésper Solenis, Requiem e Missa da Coroação; de Rossini Stabat Mater em Livorno – Itália e Brasília – DF; de Weber Der Freischutz como Agathe; de Brahms o Requiem Alemão, de Humperdinck Hänsel und Gretel como Fada do Orvalho; de Vivaldi Dixit e Magnificat; de Haydn a Missa Sancti Leopoldi. Em 2013 a convite do Lyric Opera Studio Weimar – Alemanha, cantou em temporada especial de concertos realizados em Castelos de cidades próximas. Por mais 10 anos foi professora da Escola de música de Brasília e preparadora vocal de vários coros da cidade. De forma autônoma, continua lecionando canto com foco na reciclagem de cantores profissionais, por meio de aulas individuais e workshop sobre a técnica do Bel Canto italiano.
Sobre Mirian Marques
É cantora, arranjadora, compositora, trombonista, professora de música e preparadora vocal. Iniciou seus estudos musicais aos 14 anos de idade. Cursou Canto Popular e Arranjo na Escola de Música de Brasília. É licenciada em Educação Artística com habilitação em Música pela Universidade de Brasília. Concluiu Mestrado em Música pelo Programa de Pós-Graduação Música em Contexto pela mesma instituição. Como arranjadora e compositora, possui dois trabalhos lançados. O álbum “Mirian Marques, Eu sou assim”, lançado em 2020 e o EP “Mother”, lançado em 2021.Mirian Marques é idealizadora do grupo feminino HER JAZZ, grupo dedicado à música instrumental e vocal, feita por mulheres. É também professora de canto popular na Universidade Federal de Goiás.
Sobre Luciana Tavares
Soprano lírico, Luciana Tavares estudou no Brasil com o barítono Francisco Frias e se aperfeiçoou nos Estados Unidos com Jo Ella Todd e Ann Harrell como aluna do programa Master of Music da University of Missouri. Natural de Brasília, pós-graduada em Ópera e estudos músico-teatrais pela Escola de Música e Artes do Espetáculo do Porto e licenciada em Música pela UnB, suas premiações incluem o 1º prêmio no VI Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas (incluindo o prêmio de melhor intérprete de árias de Carlos Gomes), o Emerging Artists Showcase 2011 da University of Missouri e o 1º prêmio do Festival Aldo Baldin, que lhe rendeu participação na montagem da ópera “A Flauta Mágica” como Pamina em Florianópolis. Foi também semifinalista da renomada Competizione Dell ́Opera de Dresden (Alemanha). Sua trajetória operística é marcada pelo sucesso alcançado nos papéis de Delia (Fosca), na X edição do Festival Amazonas de Ópera, e Musetta (La Bohème) no II Festival de Ópera da Amazônia, em Belém. Atuou também nas óperas Carmen (Micaella), A Viúva Alegre (Hanna), Dido and Aeneas (Dido), Cavalleria Rusticana (Lola), Il Campanello di Notte (Serafina), La Bohème (Mimi) e João e Maria (Fada do Orvalho). Em 2006 participou da gravação do CD do grupo Estúdio Barroco com árias de Bach e Haendel. Cantou sob a batuta dos maestros Jamil Maluf, Sílvio Viegas, Silvio Barbato, Donald Schleicher, GianLuigi Zampieri, Emilio De Cesar, Lionello Cammarotta, Ernani Aguiar, Philippe Forget e Alessandro Santoro, entre outros.
Serviço
“Elas Cantam Legrand”
Dias: 6 e 8/7/2023
Hora: 19h30
Local: CTJ HALL – Casa Thomas Jefferson – SEP Sul 706/906
Dia:12/07/2023
Hora: 19h30
Local: Teatro da Escola de Música de Brasília – SGAS II SGAS 602
Entrada: Franca
Classificação: Livre
Fonte: Uma Comunicação
Fotos: Divulgação