Marisa Orth e Tania Bondezan provocam gargalhadas em Radojka

Uma comédia de humor ágil e cheia de surpresas, com a atuação de duas grandes atrizes interpretando cinquentonas que tramam para não perder o emprego

De autoria dos uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal, “Radojka – Uma Comédia Friamente Calculada”, que já foi assistida por mais de 300 mil espectadores nos 12 países por onde passou desde sua estreia em 2016, ganha sua primeira montagem no Brasil na direção de Odilon Wagner.

A peça, que faz temporada em Brasília no Teatro Unip (913 Sul), dias 16, 17 e 18/8, pelo projeto Circuito de Teatro Brasileiro, tem como pano de fundo os planos delirantes das cuidadoras Glória e Lúcia, que se revezam para cuidar de Radojka, uma senhora que vive longe de sua família. Tudo funciona até que, certa manhã, Glória descobre que Radojka faleceu após um fatídico acidente doméstico.

O desespero das duas em perder o emprego as leva a praticar atos inusitados, levadas pela ganância e o sentimento de impunidade, que certas situações dão como desculpa para transpor crenças e valores. Sobre a montagem brasileira, Fernando comenta: “é a nossa primeira experiência no Brasil e esperamos que proporcione tantas gargalhadas quanto em todas as montagens anteriores. Cada versão agregou referências locais, mas sempre refletiu como é difícil conseguir um emprego depois dos 50”.

O convite para montar a obra no Brasil partiu do autor Fernando para a atriz Tania Bondezan, que assina a produção ao lado de Odilon Wagner. “Eu morri de rir já na primeira leitura do texto, me encantei com a inteligência e com o humor do texto e já fui traduzindo. Então, mostrei a peça para o Odilon, que também se encantou com o trabalho e se propôs a dirigi-lo”, conta a atriz.

Para Marisa Orth o texto é brilhante. “Estou feliz, porque há muito tempo não encontrava uma comédia tão bem elaborada e esse encontro com Tania nos palcos é uma das boas surpresas que esse espetáculo me trouxe. Tem sido muito enriquecedor para mim como atriz”, descreve.

Odilon Wagner é uníssono com a visão das duas, “está entre os mais divertidos textos que li nos últimos anos e é impossível não gargalhar com o humor ácido, ágil e cheio de surpresas do começo ao fim”, dispara. “As duas cuidadoras se envolvem numa trama inusitada, que parece não ter solução, mas as reviravoltas mudam o rumo da história, como em toda boa comédia de situação”, adianta o diretor.