Programação do evento reúne filmes, workshops, shows e debates nos dias 12 e 13 com entrada gratuita.
Brasília abraça mais uma iniciativa que visa fortalecer o cenário cinematográfico local com a primeira edição do LABAREDA – Festival de Curtas-metragens LGBTQIA+. Com entrada gratuita, o evento, realizado pela Saturno Cultural e Villa-Lobos Produções, ocupa o Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) nos dias 12 e 13 de agosto com workshops, masterclasses, mostra competitiva e exibições de curtas-metragens, além de apresentações de DJs e pocket show.
O LABAREDA emerge como uma proposta inovadora para enriquecer a cultura brasileira através da perspectiva das identidades LGBTQIA+, solidificando Brasília como um pólo significativo para o cinema nacional. Além disso, a iniciativa tem como objetivo promover e acolher narrativas que refletem a diversidade presente na sociedade, oferecendo um espaço inclusivo para os amantes da sétima arte, cineastas, artistas, acadêmicos e o público em geral.
O primeiro dia do Festival tem início às 14h, com o workshop Produção de conteúdo audiovisual digital em dispositivos móveis ministrado pela cineasta e produtora cultural Nathalya Brum. Na atividade, ela aborda técnicas básicas de captação e edição de imagens para produção de vídeos em celulares. Às 17h, o público confere a abertura da Mostra Lume, com exibição de quatro curtas selecionados pela curadoria do festival, seguida de um debate com os realizadores. Às 18h50, a área externa do ECRR recebe uma performance artística circense com direito a show de pirofagia. Depois, às 19h30, começa a Mostra Labareda, etapa competitiva do Festival, com a exibição de seis curtas, também seguida de debate com os realizadores e outra performance circense. A noite finaliza com música ao som das batidas da DJ Ella Nasser.
A intérprete cultural Tatiana Elizabeth abre as atividades do segundo dia, também às 14h, à frente da masterclass Cinema e acessibilidade, na qual aborda as diferentes formas de tornar um produto ou conteúdo audiovisual acessível às pessoas com deficiência. Às 16h, mais quatro curtas são exibidos na Mostra Lume, seguida da apresentação dos últimos curtas da Mostra Labareda. Ambas as sessões são sucedidas por debates dos realizadores.
Após as mostras, a DJ Úrsula Zion comanda a pista e, na área externa, mais uma apresentação de pirofagia encanta o público. O encerramento do Festival é marcado pela premiação da mostra competitiva que contemplará duas obras com os prêmios Labareda, escolhido por um júri técnico, e Flamejante, mais votado por júri popular. Quem encerra o festival é Tonhão Nunes, apresentando um pocket show que promete coroar a primeira edição do LABAREDA.
Em paralelo, o festival também recebe uma feira de expositores, permitindo que artistas e empreendedores locais compartilhem suas criações e produtos. Além disso, um café aconchegante estará disponível no foyer, encorajando o público a interagir e debater sobre os filmes apreciados.
A participação no festival é gratuita mediante retirada de ingressos uma hora antes de cada sessão.
PROMOVENDO A INCLUSÃO
Um aspecto fundamental do LABAREDA é a acessibilidade. Todos os filmes serão legendados para surdos e ensurdecidos (LSE), e os debates e atividades formativas contarão com tradução em libras, assegurando que o evento seja inclusivo e acolhedor para todos os públicos. Dessa forma, o Festival busca promover a diversidade e garantir que todas as pessoas possam participar e desfrutar da experiência cinematográfica de maneira igualitária.
Após a conclusão dos dois dias de programação, o LABAREDA levará sua mostra itinerante para escolas da rede pública de ensino do DF, com enfoque especial nas localizadas nas periferias da cidade. Durante essas sessões, alunos do ensino médio e do EJA (Educação de Jovens e Adultos) terão a oportunidade de assistir aos filmes vencedores dos prêmios da mostra competitiva. É uma iniciativa que visa levar o cinema LGBTQIA+ para um público mais amplo, promovendo a reflexão e o debate sobre a diversidade e inclusão nas telas e na sociedade como um todo.
REALIZAÇÃO
O LABAREDA – Festival de Curtas-metragens LGBTQIA+ do DF é assinado pela Saturno Cultural, com produção da Villa-Lobos Produções. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e conta com apoio do Espaço Cultural Renato Russo e do Instituto Janelas da Arte.
SERVIÇO
1ª Edição do LABAREDA – Festival de Curtas-metragens LGBTQIA+ do DF
Local: Espaço Cultural Renato Russo (ECRR)
Data: Sábado e domingo, 12 e 13 de Agosto de 2023
Horário: A partir das 14h
ENTRADA GRATUITA
Mais informações pelas redes sociais do projeto @labaredafestival.
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL
SÁBADO, 13/08
14h00 – Workshop – Produção de conteúdo audiovisual em dispositivos móveis, com Nathalya Brum
17h00 – Abertura MOSTRA LUME (não-competitiva)
- 17h15 Afronte
- 17h31 Ambulatório
- 17h52 O mistério da carne
- 18h11 Cão Maior
18h35 – Debate com realizadores da mostra não-competitiva
18h50 – Performance PIROFAGISTA
19h00 – DJ Ella Nasser (música ambiente)
19h30 – Abertura MOSTRA LABAREDA (competitiva)
19:45 – Sessão de abertura (exibição de filme convidado – SE TRANS FOR MAR)
- 20h10 Desmonte
- 20h21 SOPRO
- 20h35 #MeLambeLambe
- 20h40 Isolamento
- 20h46 Cryatura
- 20h56 BalLbúrdia
21h12 – Debate com realizadores da mostra competitiva
21:25 – Performance PIROFAGISTAS
21H25 – DJ set Ella Nasser
DOMINGO, 13/08
14h00 – Masterclass Cinema e Acessibilidade, com Tatiana Elizabeth
16h00 – MOSTRA LUME (04 curtas) [com abertura de 15min]
- 16h15 Terra sem pecado
- 16h35 Onde mora
- 16h51 Poderia me chamar adeus
- 17h16 Eu era o Lobisomem da CEI
17:35 Debate com realizadores da mostra não-competitiva
18h00 DJ Úrsula Zion (música ambiente)
18h30 MOSTRA LABAREDA
18h40 Performance Canto-Teatro
- 18h45 AReDiÓd
- 18h52 Frutinha
- 19h12 Estrela da tarde
- 19h28 As cores que ele pintou
19h45 – Debate com realizadores Mostra competitiva [debate curto, 15min]
20h00 – DJ set Úrsula Zion
20h45 – Performance PIROFAGISTA
21h00 – Premiação e encerramento
21h15 – Pocket show Tonhão Nunes
SAIBA MAIS SOBRE OS FILMES:
MOSTRA LUME
Afronte
( Ficção/Documentário/Brasil/2017/16min)
De Bruno Victor e Marcus Azevedo
Sinopse: Ficção e documentário se cruzam para mostrar o processo de transformação e empoderamento de Victor Hugo, um jovem negro e gay, morador da periferia do Distrito Federal.
Classificação indicativa: Livre
Ambulatório: Atenção Especializada
(Documentário/Brasil/2019/21min)
De Júlia Lannoy
Sinopse: Em agosto de 2017 foi inaugurado o primeiro Ambulatório de Atenção Especializada às Pessoas Travestis e Transexuais do Distrito Federal. Em dois anos de funcionamento, o Ambulatório Trans atendeu mais de 450 pessoas transgêneras ou em processo de transição, além de familiares, amigos e colegas que participam do serviço por meio de atividades e terapias em grupo. Ambulatório procura entender a necessidade de implementar, dentro do SUS, um serviço tão especializado; e quais os principais obstáculos que dificultam o aprimoramento e a difusão desse tipo de atendimento.
Classificação indicativa: Livre
O mistério da carne
(Drama/Brasil/2018/19min)
De Rafaela Camelo
Sinopse: Abençoado seja o domingo, dia de encontrar Giovana.
Classificação indicativa: 16 anos
Cão Maior
(Drama/Ficção Científica/Brasil/2019/20min)
De Filipe Alves
Sinopse: Em pleno verão brasiliense, Ícaro tenta matar o tédio em suas últimas férias do ensino médio quando conhece o efusivo João. Juntos, eles presenciam o aparecimento de uma nova estrela no céu, que torna as noites na Terra vermelhas e quentes. Para lidar com a letargia, o calor inesperado e as mudanças da adolescência, os dois navegam pelas ruas da cidade em busca de frescor. Entre o romance e a ficção científica, o curta une realidade e especulação e traz uma nova visão cinematográfica de Brasília.
Classificação indicativa: 12 anos
Terra sem pecado
(Documentário/Brasil/2019/20min)
De Marcelo Costa Krahô
Sinopse: Documentário baseado na pesquisa “Homossexualidade Indígena e LGBTfobia no Brasil: Duas faces da mesma moeda”, de Marcelo Costa Cuhexê Krahô. O curta aborda as vivências de três indígenas gays, e uma antropóloga indígena, que compartilham suas histórias de discriminação oriundas dos próprios parentes dentro das comunidades, revelando um comportamento que foge às suas tradições, haja vista que a diversidade de gênero já era presente entre os povos indígenas antes do processo de colonização. E quando esses indígenas LGBTs saem de suas aldeias para as cidades, muitas vezes por serem expulsos ou para fugir de ataques, acabam sofrendo duplo preconceito, por serem indígenas e LGBTs.
Classificação indicativa: 16 anos
Onde mora o afeto
(Documentário/Brasil/2018/16min)
De Josianne Diniz
Sinopse: Dandy e Danilo são namorados e moradores do Sol Nascente, bairro periférico de Brasília. A narrativa tem como fio condutor o relacionamento entre eles, em que é possível perceber pertencimentos, inseguranças, descobertas e desencontros.
Classificação indicativa: 12 anos
Poderia me chamar adeus
(Ficção/Documental/Brasil/2022/30min)
De Ava Scherdien
Sinopse: Um curta-metragem documental ficcional com temática LGBTQIAP+, negra e periférica. Narra pedaços de memórias e realidades de 5 personagens de diferentes perfis que se entrelaçam, expondo intensos enfrentamentos na capital do Brasil, uma cidade cosmopolita, mas também provinciana. Mesmo com suas diferenças e particularidades, suas histórias costuram uma linha comum que os conecta, gerando uma rede afetiva sobre pessoas aprendendo a viver.
Classificação indicativa: 14 anos
Eu era o Lobisomem da CEI
(Ficção/Brasil/2022/17min)
De Suéllen Batista
Sinopse: Lucas acorda no meio da rua. Sem saber como chegou até lá, começa a considerar que algo sobrenatural possa ter acontecido, ao se deparar com um vídeo viral.
Classificação indicativa: 16 anos
MOSTRA LABAREDA
Desmonte com Gabi
(Gênero/Brasil/2021/10min)
De Gahbi (Gabriel Borges) e Drag Queen Gabriela Pimentel
Sinopse: O filme traz a fluência entre a “montação” e a “desmontação” da arte drag queen a partir de um recorte íntimo, que se divide entre os dilemas da vida ordinária e a extraordinária expressão transformista. O close e os bastidores contam sobre Gabriela Pimentel e Gabriel Borges, como força da natureza que sobrevive nesta sociedade hostil, (des)construindo seu lugar no mundo além da obrigatoriedade do binário.
Classificação indicativa: 14 anos
SOPRO
(Experimental/Brasil/2022/14min)
De Marcia Regina
Sinopse: Filme coreográfico que aborda a metamorfose a partir da relação entre uma jardineira, uma parteira e as plantas. Fala do tempo para se fazer contato entre vidas em meio a matéria seca. Convida o público a se dispor ao invisível, enquanto vê formas e escuta poesias, em especial aquelas sem palavras. Imagem de sutil movimento, continuum de paisagens em multilinguagem, de perto, de muito perto, de muito longe. SOPRO é uma dança entre a fragilidade e a “feralidade” que atravessa gestações.
Classificação indicativa: Livre
#MeLambeLambe
(Ficção/Brasil/2022/4min)
De Manu Castelo Branco
Sinopse: Em seu curta de estreia e a partir de conselhos pornoterroristas, Barbichinha Dos Lábios de Mel dá conselhos sobre o ponto da carne, melhores cortes, e demais segredos para deixar tudo quente e “no ponto”.
Classificação indicativa: 18 anos
Isolamento
(Ficção/Brasil/2022/5min)
De Luana Wernik e Nickolas Campos
Sinopse: Durante uma pandemia, uma rotina de vida solitária, cheia de insatisfação e tédio, é imposta a duas pessoas que têm de trabalhar de casa. Uma amizade começa e elas vão encarar obstáculos para se ver pessoalmente..
Classificação indicativa: 12 anos
Cryatura
(Experimental/Brasil/2022/9min)
De Aysha Luisa Lion
Sinopse: Os instintos de uma criatura advinda do século XXII estão vivos aqui e agora. Uma criatura de pujança que renuncia ser humana , para se tornar um animal híbrido. Animal dono de sua existência e de seus instintos de fêmea. A criatura se trata principalmente de poder e pujança na era líquida e grotesca contemporânea. Uma criatura futurista que renega todo o esdrúxulo social presente, buscando a revolução.
Classificação indicativa: 12 anos
BalLbúrdia
(Documentário/Brasil/2021/15min)
De Aleson Estevam
Sinopse: A palavra “balbúrdia” significa uma “grande desordem”, e por essa premissa o filme se faz existir, através das vozes e algazarras de corpos muitas vezes silenciados. Este documentário busca, através de seus registros, dar a luz à aliança existente pela margem da sociedade, uma margem que grita pelo direito de ser e existir. Pensar em performance é pensar em uma comunicação necessária e subversiva das normas vigentes.
Classificação indicativa: Livre
AReDiÓd
(Experimental/Brasil/2021/8min)
De Jude Rabelo, Mayara Nobre e Vitor Verlagieri
Sinopse: ArEdiÓd é um curta-metragem sobre percepções sonoras. O dia de Verlan se transforma completamente quando ele começa escutar sons que não estão presentes e sua noção de realidade é alterada.
Classificação indicativa: Livre
Frutinha
(Ficção/Brasil/2023/20min)
De : Fernando Grisi
Sinopse: Felipe e Pedro são dois meninos de 11 anos bem diferentes que, apesar disso, se apaixonam. Mas terão que enfrentar o preconceito e suas inseguranças para ficarem juntos.
Classificação indicativa: 12 anos
Estrela da tarde
(Documentário/Brasil/2023/15min)
De Francisco Rio Oliveira
Sinopse: Estrela da tarde é uma autobiografia que não começa em mim. É fábula que não busca desvendar identidades e se permite melar a cara para inventar suas próprias ficções. Uma linha de Tempo, como quem borda uma brincadeira numa história, e vice-e-versa, onde não dá mais pra distinguir os fios dos dedos. Abrindo uma rodinha dentro de uma tela quadrada, chamando “encantadus” das funduras junto com do que são feitos. Para rodear corpo, memória, figuras reais, personagens inventados.
Classificação indicativa: 12 anos
As cores que ele pintou
(Documentário/Brasil/2021/10min)
De Brenno Ayan
Sinopse: Andrey Lemos conta sua trajetória e abre a gaveta de suas memórias. Negro, gay e candomblecista, ele abre as portas do seu mundo e nos mostra as cores que ele pintou.
Classificação indicativa: Livre