O Boulevard Shopping Brasília ficará repleto  de cores, aromas, sabores e descobertas para os bebês e suas famílias! A escritora e curadora Alessandra Roscoe conduzirá mais uma edição do Clube dos Pequenos Leitores, com a leitura sensorial do livro O Jardim Encantado (Franco Editora, 2010), ilustrado por sua filha, Beatriz Roscoe Cavalcante. O encontro será no dia 18 (sábado), a partir das 16h, no Boulevard Kids (piso 2), espaço multiuso criado para ações culturais e educativas. Para participar, basta fazer a inscrição gratuita no site e doar um livro infantil em bom estado.

Nesta edição, o ambiente terá um formato diferente e reunirá bebês e seus responsáveis, ao redor de um livro gigante, mas crianças maiores também poderão participar, reunindo toda a família em um momento de escuta e troca. A leitura será dividida em duas etapas, a primeira, das 16h às 16h20, focada em bebês de 0 a 2 anos. Em seguida, das 16h30 às 16h50, será a vez das crianças de 3 a 5 anos.

A dinâmica proposta pela autora vai além da leitura em voz alta.  Roscoe convida os bebês e suas famílias a explorarem a história com todos os sentidos. Para isso, irá utilizar elementos da natureza, aromas, objetos do cotidiano, texturas e sons, criando um ambiente de encantamento. Cada  página será transformada em experiência.

Segundo Alessandra, os bebês “escutam com o corpo todo” e, por isso, o encontro será conduzido como um ritual de descoberta, no qual pais e filhos compartilham gestos, palavras, cantigas e sensações. “A leitura na primeira infância funciona muito mais como um vínculo afetivo. Ler como uma criança é, acima de tudo, uma entrega daquele tempo, daquele colo, daquele carinho.  A partir do livro aberto, a criança vai descobrindo a própria linguagem”, conta Alessandra. “O Jardim Encantado foi pensado para crianças bem pequenas, mas também pega uma turma de sete a dez anos, que se diverte com o livro e eu uso, também, nas intervenções com adultos, com idosos. A gente precisa acordar essa criança, que, às vezes, dorme dentro dos adultos”, complementa Roscoe.

Na mesma tarde, haverá empréstimos de livros para que a turminha possa desfrutar em casa, estimulando a troca dos exemplares literários.  A devolução poderá ser feita no encontro seguinte. O projeto também disponibilizará o Passaporte do Leitor para registrar a jornada dos pequenos participantes, ao longo das edições, como um diário. Nele poderão registrar suas percepções, indicar histórias e colecionar os autógrafos da temporada.

O Clube dos Pequenos Leitores foi lançado em agosto e reúne famílias em encontros mensais com autores infantis de Brasília, sob curadoria de Alessandra Roscoe. Com entrada solidária — a doação de um livro infantil — o projeto incentiva o hábito da leitura desde cedo, valoriza escritores locais e transforma o shopping em um espaço de descobertas literárias e de momentos em família.

A programação seguirá até dezembro com autores de destaque da literatura infantil . No dia 22 de novembro, Roger Mello apresenta Carvoeirinhos  e, em 6 de dezembro, Maria Célia Madureira narra Deu rato na Biblioteca, acompanhada do carismático Rato Racumim.

A proposta do projeto reflete, também,  a dedicação do shopping em aproximar as famílias da leitura desde cedo. “Nosso objetivo é oferecer experiências que unem cultura, afeto e aprendizado. A leitura para bebês reforça esse compromisso, mostrando que o hábito de ler pode começar muito cedo e se transformar em um momento especial de convivência em família”, destaca Maíra Garcia, gerente de marketing do shopping.

Leitura para bebês

O contato com os livros desde os primeiros meses de vida contribui para o desenvolvimento da linguagem, da atenção e da memória, mas, para Alessandra, esse contato com a leitura deve começar antes mesmo do nascimento. “Eu defendo que a gente deve começar a ler para o bebê ainda no ventre. Do ventre ao colo, como diz o livro da Ninfa Parreiras, que fez uma pesquisa muito grande sobre isso”, diz a escritora.

A leitura na primeira infância estimula a curiosidade, fortalece o vínculo entre crianças e adultos e ajuda na formação de repertório cultural. “A leitura estimula a linguagem, a descoberta da própria voz, estimula a imaginação… Essa capacidade de transitar entre o real e lidar com as emoções. Então, quanto antes se inicia isso, vai se estabelecendo uma relação com a literatura como essa descoberta que o novo sempre traz”, conclui Alessandra.