Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil. Reprodução.

05\06\2024 – 19:45 – Rio de Janeiro

Diante dos últimos acontecimentos no Rio Grande de Sul no último mês de maio, as pautas climáticas e medidas mitigadoras de danos ganharam mais atenção por autoridades e sociedade civil. 

O estado gaúcho enfrentou intensas chuvas, alcançado o marco de 500 mm, muito acima  das previsões meteorológicas de 150mm a 200 mm e já soma o total de 600 mil desabrigados e um prejuízo de 20 bilhões ao governo do país. No decorrer da contagem de seus números alarmantes, houve a divulgação de relatório de 2015 que previu tais problemas. O tema gerou comoção e revolta em redes sociais e pôs luz sobre a relevância de políticas urbanas preventivas e amigáveis ao meio ambiente.  

Em relação a isso, recentemente o G1 divulgou matéria abordando possíveis soluções para lidar com as enchentes, através das cidades-esponjas, projetos urbanos projetados para suportar tais eventos e minimizá-los de forma natural e sustentável. Discussão que vai de encontro à situação do Sul do país.

Entre as propostas abordadas na reportagem, estão a criação de mais áreas permeáveis, capazes de absorver a água e outras alagáveis, pensadas justamente para concentrarem o excedente de água de forma temporária, permitindo que a mesa faça seu próprio caminho. Incluso nisso, a implantação de riso tortuoso e várzeas que desacelerem o caminho das águas. O que poderia se adequar aos momentos de alta pluviosidade.

Nesta quarta-feira (05\06), dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva, trouxe o balanço de ações desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente e declarou em cerimônia que o órgão trabalha na conclusão na Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima, além do lançamento do Plano Nacional para o Enfrentamento da Emergência Climática. Segundo ela, este último, focado em municípios e áreas de maior risco. “O plano vai estruturar a capacidade do governo para lidar com o pré-desastre, fortalecendo ações de análise de risco, prevenção e preparação.” Afirma.

Tais medidas se deparam com o estudo atual do governo federal que constatou outros 1.942 municípios sob risco de desastres naturais. Ainda de acordo com a fala da ministra, os eventos extremos mostram a interdependência entre humanidade e o bem estar do planeta. “A tragédia climática no Rio Grande do Sul trouxe sofrimento para milhares de famílias, sobretudo aos mais pobres, as que vivem em condições precárias de moradia e são sempre as principais vítimas das catástrofes climáticas. Quando protegemos os rios, as florestas, a nossa rica biodiversidade, estamos, na verdade, protegendo e cuidando das pessoas.” Até o momento de publicação da matéria, não houve resposta sobre qual previsão de publicação dos materiais.


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