A Polícia Civil do Pará prendeu, na manhã desta quinta-feira (26), uma babá de 40 anos acusada de dopar um bebê de 11 meses no bairro do Marco, em Belém. O caso, que ocorreu no dia 19 de junho, ganhou repercussão nacional após a divulgação de imagens de câmeras de segurança que flagraram a mulher introduzindo um objeto na boca da criança e tentando cobrir seu rosto com uma fralda.

A prisão foi realizada no distrito de Outeiro, onde a suspeita estava escondida na casa de um familiar. A ação fez parte da Operação Eli, conduzida pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP). A mulher, que também é técnica de enfermagem, teve a prisão preventiva decretada e responderá por tentativa de homicídio qualificado.

Imagens reveladoras e medicamentos apreendidos

Segundo os pais da criança, o comportamento do bebê nos dias anteriores ao flagrante já havia levantado suspeitas: sonolência excessiva, dificuldade para manter os olhos abertos e episódios de apatia. Ao revisar as imagens do circuito interno, o casal constatou a ação da babá e acionou imediatamente as autoridades.

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Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontrados medicamentos de uso adulto — entre eles quetiapina (antipsicótico com efeito sedativo) e sertralina (antidepressivo com ação ansiolítica) — além de seringas, que foram encaminhados para perícia técnica.

A criança foi levada ao hospital, onde passou por lavagem gástrica e recebeu carvão ativado para minimizar os efeitos da possível ingestão de substâncias tóxicas. Exames toxicológicos estão em andamento.

Investigação e desdobramentos

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) dará continuidade às investigações para apurar a dinâmica completa dos fatos e verificar se há outras possíveis vítimas. A delegada Emanuela Amorim, diretora da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), classificou o caso como de “extrema gravidade” e destacou a importância das imagens para a rápida atuação da polícia.

A operação recebeu o nome de Eli, em referência ao personagem bíblico que acolheu e protegeu o profeta Samuel — simbolizando o compromisso institucional com a proteção da infância.

A suspeita permanece detida e à disposição da Justiça. A família da vítima, em nota, afirmou estar aliviada com a prisão e agradeceu à Polícia Civil pelo empenho e celeridade na condução do caso.

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