Por Imprensa Brasília
No dia 24 de junho de 2015, o Brasil acordava em choque com a notícia da morte de Cristiano Araújo, aos 29 anos, vítima de um trágico acidente de carro na BR-153, em Goiás. Ao lado da namorada, Allana Moraes, o cantor retornava de um show em Itumbiara quando o veículo em que estavam capotou a 179 km/h — velocidade muito acima do permitido no trecho. A tragédia interrompeu uma carreira em plena ascensão e deixou uma lacuna irreparável na música sertaneja.
Dez anos depois, a dor da perda ainda ecoa, mas o que prevalece é a força de um legado que segue vivo nas rádios, nas playlists, nas vozes dos fãs e nos palcos de artistas que o homenageiam. Cristiano Araújo foi um dos principais nomes do chamado sertanejo universitário, com sucessos como “Cê Que Sabe”, “É Com Ela Que Eu Estou”, “Maus Bocados”, “Caso Indefinido” e “Efeitos”.
Uma trajetória meteórica
Natural de Goiânia, Cristiano começou a cantar ainda criança. Aos 6 anos ganhou o primeiro violão, aos 13 gravou seu primeiro CD e, após algumas tentativas em duplas, retomou a carreira solo em 2010. Em apenas cinco anos, conquistou o país com sua voz potente, carisma e presença de palco. O álbum Ao Vivo em Goiânia (2012) foi um divisor de águas, consolidando seu nome entre os grandes do gênero.
Homenagens e continuidade
Neste 24 de junho de 2025, o irmão Felipe Araújo se emocionou ao homenageá-lo durante um show, cantando “Cê Que Sabe” e agradecendo o carinho dos fãs que mantêm viva a memória do artista. Já o filho mais novo de Cristiano, Bernardo, hoje com 12 anos, revelou o desejo de seguir os passos do pai. “Me imagino exatamente como ele: um cantor reconhecido e muito amado pelos fãs”, disse em entrevista recente.
Além disso, uma parceria póstuma com Marília Mendonça, na música “De Quem É a Culpa?”, lançada este ano, emocionou o público ao reunir duas vozes que partiram cedo demais.
Um nome que não se apaga
Segundo o Ecad, Cristiano Araújo tem mais de 310 fonogramas cadastrados e 40 obras musicais. Canções como “Maus Bocados”, “Você Mudou” e “Mente Pra Mim” continuam entre as mais executadas do gênero. Seu perfil no Spotify mantém mais de 4,5 milhões de ouvintes mensais.
A comoção nacional que marcou seu velório, com mais de 50 mil pessoas no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, foi apenas o início de uma saudade que não cessa. Mas também de uma celebração contínua à sua arte, sua história e sua voz.
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“O que temos pra hoje é saudade. Mas também gratidão por tudo que ele deixou.”