Brasília, 1º de julho de 2024 — O mercado financeiro brasileiro ajustou suas projeções econômicas, trazendo notícias mistas para os próximos anos. De acordo com o relatório “Focus”, divulgado pelo Banco Central, a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estão no centro das atenções.

Inflação em alta

Pela oitava semana consecutiva, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi revisada para cima. O mercado agora estima que a inflação encerre 2024 em 4%. Essa taxa está acima da meta central de inflação, que é de 3%, mas ainda dentro do limite superior de 4,5% estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2025, a estimativa também subiu, passando de 3,85% para 3,87%. A tendência de alta reflete as preocupações com a escalada dos preços e a pressão inflacionária.

Crescimento econômico

No que diz respeito ao crescimento econômico, as perspectivas são mais modestas. O PIB, que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve sua projeção ajustada para 2,09% em 2024. Embora seja uma melhora em relação às estimativas anteriores, ainda é um cenário cauteloso.

Para 2025, a previsão de crescimento do PIB permanece em 2%. O mercado está atento aos desafios estruturais e à necessidade de reformas para impulsionar a economia nos próximos anos.

Taxa de juros

O Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano para o restante de 2024. Essa decisão visa conter a inflação, mas também impacta o poder de compra dos brasileiros. Taxas de juros mais altas podem afetar negativamente o consumo e os investimentos.

Em resumo, o cenário econômico brasileiro é desafiador, com inflação em alta e crescimento moderado. Os próximos meses serão cruciais para a condução da política monetária e para a recuperação sustentável da economia.