A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gerou comoção nacional e mobilizou uma corrente de solidariedade nas redes sociais. Entre os que se sensibilizaram com a história está o ex-jogador Alexandre Pato, que se ofereceu para custear integralmente o translado do corpo da jovem de volta ao Brasil.

Uma tragédia em meio à natureza

Juliana, natural de Niterói (RJ), era formada em publicidade e atuava como dançarina de pole dance. Ela estava em viagem pela Indonésia quando sofreu uma queda de mais de 600 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, um dos pontos turísticos mais visitados do país asiático. O acidente ocorreu na madrugada de sexta-feira (21), e seu corpo só foi localizado quatro dias depois, em uma encosta de difícil acesso.

As equipes de resgate enfrentaram condições climáticas adversas, falhas em equipamentos e dificuldades logísticas. A operação de retirada do corpo durou mais de sete horas e foi concluída na quarta-feira (25).

Gesto de empatia

Ao tomar conhecimento da tragédia e das dificuldades enfrentadas pela família para arcar com os custos do translado — que podem ultrapassar R$ 30 mil —, Alexandre Pato entrou em contato com os familiares por meio das redes sociais e se prontificou a ajudar. “Quero pagar esse valor para que todos tenham paz e para que ela possa descansar ao lado da família”, declarou o ex-atleta, atualmente comentarista esportivo.

A atitude foi amplamente elogiada por internautas e reforçou o histórico de ações solidárias de Pato, que já havia ajudado financeiramente outras pessoas em situações delicadas, como a influenciadora Nara Almeida, em 2018.

Família cobra respostas

Em nota publicada nas redes sociais, a família de Juliana denunciou negligência por parte da equipe de resgate local. Segundo os parentes, se o socorro tivesse chegado dentro do prazo estimado de sete horas, a jovem poderia ter sido encontrada com vida. “Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece!”, diz o comunicado.

Legado de empatia

A morte de Juliana expõe não apenas os riscos de atividades em áreas remotas, mas também a fragilidade de brasileiros no exterior diante de tragédias. A legislação brasileira não prevê o custeio público do translado de corpos, o que torna a solidariedade — como a de Pato — um alívio em meio à dor.

Enquanto a família busca justiça, o país se une em luto e homenagem à jovem que partiu cedo demais, deixando uma história marcada por sonhos, coragem e, agora, por um gesto de humanidade que emocionou o Brasil.