11\10\2024 – 12:33 – Rio de Janeiro

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou, nesta quarta-feira (9/10), durante a reunião ordinária de outubro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), as projeções para o período de outubro de 2024 a março de 2025. 

De acordo com a entidade, há incertezas com relação ao início e condições do período úmido, apesar de alguns modelos enxergarem maior nível de precipitação a partir da segunda quinzena deste mês de outubro. 

Com a estiagem severa dos últimos meses, as próximas chuvas precisam, num primeiro momento,  permitir que o solo recupere sua umidade para que, posteriormente, seja observada a elevação dos níveis das vazões. 

As projeções, indicadas pelos estudos prospectivos, são utilizadas para apoiar tomadas de decisões pelo colegiado do CMSE quanto à necessidade da adoção ou permanência de medidas operacionais preventivas com vistas a aumentar a segurança do SIN.  

Em dois cenários projetados pela instituição, indicadores de Energia Natural Afluente no Sistema Interligado Nacional (SIN), no horizonte de outubro/24 a março/25, se posicionam abaixo da Média de Longo Termo (MLT). As projeções de Energia Armazenada (EAR) indicam que, no cenário otimista, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste alcançaria ao final de março do ano que vem, 13,8% acima do nível de armazenamento verificado em março de 2024. No cenário mais pessimista, esta projeção seria de 23,4% abaixo.  

No curto prazo, a análise da EAR mostra a continuidade da redução dos níveis dos reservatórios nos próximos três meses, com a recuperação dos volumes estimada para ocorrer a partir de janeiro de 2025.  

O principal desafio identificado pelo ONS até dezembro é o atendimento da ponta de carga, horário em que a demanda atinge seu ponto máximo, que geralmente acontece entre 18h e 20h. 

Fonte: ONS.

Segundo portal do Governo Federal, visando o atendimento da demanda máxima (ponta de carga) “o ONS apresentou cenário com necessidade de utilização de diversos recursos, incluindo despacho termelétrico mais intenso, importação de energia e flexibilização de regras operativas”. 

Sobre o parque termelétrico, em específico, o CMSE recomendou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a adoção de ações pela “em prol da regularidade do suprimento de gás natural para geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional”. No Brasil, o carvão e o gás natural são os recursos mais utilizados nestas usinas, entretanto o gás natural é o menos poluente entre as fontes fósseis.

O Operador segue acompanhando a situação e os resultados das iniciativas implementadas com o intuito de assegurar o atendimento à demanda de carga do SIN.