Um vídeo gravado em Pedro do Rosário, no interior do Maranhão, revelou com brutal honestidade o impacto do feminicídio para além das estatísticas. Nele, o filho de Dona Cirani, visivelmente abalado e descalço, pronuncia uma frase que comoveu o país:

“Se ela tivesse viva, eu não estaria sujo.”

A fala, simples e devastadora, resume o vazio deixado pela violência doméstica — uma ausência que não se mede em números, mas em silêncios, rotinas quebradas e infâncias marcadas.

O feminicídio é uma tragédia que atravessa fronteiras e se repete em todas as regiões do Brasil. Famílias inteiras vivem consequências que não terminam quando o crime acaba. O vídeo reacende o debate sobre a proteção às mulheres, o acolhimento de crianças órfãs e a urgência de políticas públicas que tratem o feminicídio como uma questão nacional de segurança, saúde e dignidade.

Por trás de cada número, há uma criança sem mãe, um lar vazio e uma dor que o tempo não apaga.