Amanda Baroni – 05\01\2023
Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), em 2023 foram registrados 93.927 emplacamentos, 91% a mais do que em 2022 (49.245). Dezembro de 2023 foi o mês com o maior registro de vendas: chegaram a 16.279 veículos, o triplo do mesmo período no ano anterior (5.587).
Os números levantados pela ABVE mostram a evolução de compra de veículos elétricos no Brasil.
Fonte: ABVE Data.
Os campeões de venda foram os veículos do tipo plug-in, com recarga externa das baterias, representando 56% do total (52.359 unidades). Em dezembro, atingiram 70% das vendas de eletrificados (11.371, de um total de 16.279) sendo o modelo Toyota CCROSS XRX HYBRID o favorito.
Os plug-in superaram os HEV a gasolina, veículos híbridos e HEV flex, também híbridos capazes de queimar tanto o etanol quanto a gasolina, que dominavam o segmento em 2022.
Para o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, “o aumento do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos a partir de janeiro, foi um fator para a antecipação das vendas no último bimestre”. Em janeiro o governo de federal instituiu o aumento de impostos sobre a importação de veículos elétricos e de placas solares, com o objetivo de reverter parte da arrecadação dos impostos para financiar iniciativas como o Programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) e o programa de depreciação acelerada.
Os impostos, já em vigor desde 1º de janeiro, variam de 10% a 35% para cada modelo, segundo matéria publicada no G1. Para a ABVE haverá um amadurecimento do setor a partir do Programa Mover, criado para incentivar a descarbonização do setor de transportes no Brasil e seu desenvolvimento.
Já o cofundador e diretor de marketing da E-Wolf, Thiago Castilha, diz que ainda não é possível saber quais os impactos do Programa para o setor, mas a mobilidade está sendo bem recebida pelos brasileiros. “Em 2023 alcançamos o que era previsto só para 2030. Mesmo com o imposto já em vigor esses carros continuam competitivos e com certeza será uma motivação para entrada de novos investidores no segmento. A mobilidade elétrica já é uma realidade e não há como voltar atrás.”