Kojima fez sua estreia em Brasília há cerca de 15 anos e, agora, como Koji, segue oferecendo o que há de melhor: um rodízio, sim, mas em alto estilo
O Kojima, quando inaugurou em Brasília, gerou um bom bafafá. A pegada era bem nikkei, fusion. Sim, Peru + Japão estava muito em alta na época. Nada de rodízio, ambiente bem sofisticado, escurinho, enfim, foi uma proposta diferente na cidade e com muito impacto.
Ainda hoje, o escurinho e a sofisticação permanecem. Mas não foi assim que eu conheci o Koji.
Não. Minha prima e grande influenciadora gastronômica da minha vida, Nina, sempre gostou de comida japonesa e já tinha conhecido e gostado do restaurante. Eu, na época, estava numa licença maternidade super estendida e conseguíamos dar boas escapadas para comer fora.
Uma vez, 18h45, lá estávamos na frente do Your’s, no Lago Sul, que abriria 19h. Começou a chover e estávamos com minha filha mais velha, ainda bebê, no carrinho. Para meu estarrecimento, quando entramos no restaurante, pediram que aguardássemos lá fora, pois, só 19h. Eu tentei argumentar que entendia que não poderia ser atendida, mas só queria aguardar lá dentro, por causa da chuva. Disseram que não.
Revoltadas, entramos no carro e Nina dirigiu até o Koji, que abria ainda mais tarde, 19h15, salvo engano. Mas a diferença foi gritante. Chegamos lá e fomos super bem recebidas pelo Neto, que explicou que poderia levar uns minutos para a cozinha estar pronta, mas que poderíamos pedir as bebidas que ele daria um jeito. E foi isso. Todo aniversário, eu estava lá. Minha filha passou uma fase rolando no sofá vermelho. E nunca eu me senti constrangida por estar com uma criança (tudo bem que ela era bem de boa).
Hoje, o Koji segue um marco de estabilidade. E o Chef Alexandre Faeirstein, sempre na casa, achou um equilíbrio ideal entre entregar o que o público brasiliense pede – ou seja, rodízio – e o que o anseio de um profissional almeja: expandir o paladar, inovar, criar.
O menu degustação do Koji custa, atualmente, 159,00, o que é inacreditável para o nível dos ingredientes. Shari (o arroz japonês) no ponto, sashimis frescos, niguiris e rolls com montagens belas e com tamanho ideal para aproveitar à vontade, brincadeiras com texturas impecáveis, e até o foie gras (apesar da polêmica) fez uma aparição.
Garçons atentos, ambiente agradável e o jantar não tem como ficar melhor. Minto, joga uma dose de sakê ou duas, para amarrar essa experiência saborosa com uma fita de seda.
ATENÇÃO: casa boa, casa amada e casa cheia. Faça reserva ou chegue cedo ou tenha paciência.
Serviço
Asa Sul CLS 406 s/n Loja 13 – Asa Sul, Brasília – DF, 70255-530
Telefone: (61) 3443-0118
Menu: kojimaemcasa.com.br
Koji Restaurante (@kojibsb)