Projeção de “Aquí en La Frontera” será nesta quarta-feira (21) no MDHC. Interessados em participar podem se inscrever por meio de formulário on-line
Imagine ser forçado a deixar o seu lar, cruzar fronteiras e embarcar rumo ao desconhecido. Se deparar com outro idioma, outra cultura e várias incertezas. O recorte histórico de como o Brasil lidou (e ainda lida) com o fluxo migratório de pessoas da Venezuela ganhou as telas de cinema no documentário “Aqui en la Frontera” (2022) que terá uma exibição especial durante a Semana Nacional de Migrações e Refúgio, evento promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) no dia 21 de Junho, às 14h30.
Dirigido por Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi, o longa-metragem foi filmado na fronteira entre o Brasil e a Venezuela e conta a história de três venezuelanos com vivências de acolhida bem distintas. A sessão será seguida de debate com os diretores do filme, pessoas migrantes e refugiadas e mediação da professora e pesquisadora Luciana Hartmann, da Universidade de Brasília (UnB). Interessados em participar podem se inscrever por meio de formulário on-line.
O filme nos aproxima de Stephanny, uma jovem mãe de 21 anos que precisa retornar ao país para buscar sua filha, Francis, uma mulher trans e liderança de um abrigo de refugiados militarizado do Governo Brasileiro e Argenis, que organiza uma ocupação com mais de 300 venezuelanos sob ameaça de despejo na capital de Roraima. Ao abordar o deslocamento forçado na Venezuela e como este movimento repercute no país vizinho, o Brasil, o documentário reforça o tema cada vez mais urgente em todo o mundo.
O documentário não trata de números. Para entender e ser sensível a essa situação complexa, é necessário estabelecer um diálogo com esses refugiados: com nomes, rostos e histórias diferentes. Por meio do cinema de observação, o documentário traça um retrato intimista de três personagens que nos ajudam a entender a migração humana em sua dimensão interseccional. Além disso, “Aqui en La Frontera” também aborda as soluções que o governo brasileiro e a sociedade civil encontraram para lidar com o grande número de venezuelanos que buscam um novo lar no Brasil.
Sobre a produtora
O filme é uma produção da Platô Filmes, produtora roraimense focada em conteúdos amazônicos. Entre as obras de destaque estão o longa-metragem documental “Por onde anda Makunaíma?” (2020) que recebeu o Candango de Melhor Filme do 53º Festival de Cinema de Brasília 2020 e o prêmio de melhor documentário do 25º Inffinito Brazilian Film Festival – Miami 2021, e vários curtas-metragens entre eles; “Rabiola” (2021) que ganhou os Prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Atuação no 4ª Festival Olhar do Norte 2022 e “Fronteira em Combustão” (2016), Seleção Oficial do 27º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo (2016).
Programação
• 14h30 – Abertura do evento
⤷ Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Organização
Internacional para as Migrações (OIM) e Diretores do filme – Marcela Ulhoa e
Daniel Tancredi.
• 15h00 – Lançamento do Aplicativo “Clique Cidadania” e apresentação da
versão atualizada do Curso “Direitos dos Imigrantes e Orientações para o
Atendimento”
⤷ Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e Organização
Internacional para as Migrações (OIM).
• 15h15 – Exibição do filme
• 16h45 – Debate sobre o filme com os diretores e pessoas migrantes e
refugiadas
⤷ Diretores do filme – Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi;
⤷ Debate com pessoas participantes, migrantes e refugiadas, com a mediação da
professora e pesquisadora Luciana Hartmann, da Universidade de Brasília (UnB).
• 17h30 – Encerramento
Serviço:
Semana Nacional de Migrações e Refúgio
Exibição e debate sobre do Filme “Aquí en La Frontera”
Data: Quarta-feira (21)
Horário: 14h30
Local: Ed. Parque Cidade Corporate, Torre A, Auditório do 8º andar, SCS, Quadra 9 – Brasília (DF)
Formulário para inscrição:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeh_QM44KumYMi2kbqCKjcwrX6I99ik8eaIyG4cb4L7w9ry1A/viewform