Dois artistas, Débora Amorim e Felipe Laraia, que trabalham com cerâmica de alta temperatura e produzem peças utilitárias e decorativas exclusivas, criam um mercado de artes para valorizar a produção de artistas autônomos.

A proposta é reunir, em eventos sazonais ao longo do ano, diferentes expressões como a fotografia, a joalheira, a música, a pintura, a gastronomia e, claro, a cerâmica.

O nome escolhido pelos idealizadores para o mercado foi TURI, que significa fogo ou fogueira em Tupi-Guarani. “Já que a cerâmica, em torno da qual outras vertentes se reunirão no evento, é uma arte ancestral do fogo”, justificam Débora e Felipe.

Outros conceitos, também expressos no nome e que se alinham à sua proposta do projeto, são os de comunidade e calor humano. “No TURI, assim como ao redor de uma fogueira, visitantes e artistas se encontrarão para compartilhar experiências e estreitar laços”, sugerem os organizadores.

A primeira edição do “TURI Mercado de Cerâmica e Outras Artes” será no próximo domingo, dia 2 de julho, das 11h às 17h. O local escolhido foi o Cura, restaurante de gastronomia afetiva e orgânica que fica dentro o Jardim Botânico.

Estreia que vai apresentar aos visitantes, ao som de um grupo de Chorinho, a joalheria de Thelma Aviani, as telas de Rodrigo Nardotto, as fotografias de Zamorim, as velas aromáticas da Casa de Alícia e as cerâmicas de Débora Amorim, Felipe Laraia, Dani Caribé, Isabela Parreira e Emiliano Nunes. “Será uma experiência deliciosa e enriquecedora”, convidam os organizadores

Da experiência em participar de muitas feiras e eventos de arte, os dois inquietos ceramistas e empreendedores conceberam o TURI como forma ampliar o olhar do público para obras autorais, em diferentes formatos, em um único evento de exposição e venda. “A milenar cerâmica vai estar sempre presente e será âncora para agregar outras vertentes”, contam os idealizadores do projeto.

Conheça os expositores:

Débora Amorim (@amor_im.ceramica)

Débora Amorim percorre o caminho das artes há 23 anos, iniciado como fotógrafa. Mas foi na cerâmica, em 2020, que encontrou a arte, que trouxe maior sentido. Suas peças vão de utilitários a máscaras decorativas, empregando diferentes estilos de queima, elétrica, raku e saggar. Ela também ministra aulas e oficinas na sua casa-ateliê.

Felipe Laraia (@seubarromeu)

Com foco na modelagem por placas, produz peças utilitárias e decorativas de formas minimalistas e delicadas. Felipe é um entusiasta da criação de esmaltes cerâmicos, desenvolvendo suas próprias cores para conferir autenticidade e singularidade às suas obras.

Rodrigo Nardotto (@rodrigonardotto)

Imprime em suas obras um estilo expressionista – marcado pela subjetividade – com o uso de tonalidades fortes e vibrantes. Para ele, as cores despertam mais interesse do que as formas, das quais se apropria apenas com o intuito de balizar suas composições

Casa de Alícia (@casadealiciaa)

A Casa de Alícia nasceu do amor pela natureza e bem-estar, que acompanham Alícia desde sempre. Inspirada no olhar mais lento e na calma, transfere para suas peças a profundidade que a produção manual me permite. Suas peças carregam atenção, presença e cuidado em todos os detalhes.

Pura Cerâmica Manual (@puraceramicamanual)

Dani Caribé é terapeuta integrativa e encontra no contato com o barro o respiro e o frescor para a vida. Trabalha com torno e busca uma harmonia na estética de suas peças.

Zamorim (@zamorim)

Fotógrafo documental, que ama cores e o preto e branco com a mesma intensidade. Sempre com a câmera à mão, registra, em suas caminhadas pela cidade, preciosidades como folhas no chão, árvores e suas encantadoras curvas, as linhas retas de Brasília e pessoas em seus passos ora apressados, ora distraídos. Além disso, retrata com amorosidade o dia a dia dos amigos e da família, deixando eternizados momentos únicos e cheios de afeto.

Emiliano Nunes (@emana_artesania)

O Ateliê Emana é uma marca criada pelo ceramista Emiliano Nunes. Seu trabalho foca na produção de canecas que reverenciam as belezas de Brasília, pensamentos altruístas e espiritualidades. Também tem uma linha de Biojoias e Semijoias, com a mistura de cerâmica e vidros reciclados, que queimados em alta temperatura formam efeitos inusitados e belos.

Thelma Aviani (@thelma_aviani)

Criar joias desde 2001, a atividade produtiva mais longeva de sua vida. Cheguei aqui por um caminho estranhamente acadêmico/institucional e me divirto até hoje, a não ser quando não. Mas tem amor aqui, tem sim! E tem prata, pedras, fios e formas que se ajustam a nichos anatômicos revestidos de pele.

Isabela Parreira (@belaparreira)

Independente da funcionalidade final da peça, Isabela Parreira procura, por meio de pinturas decorativas e padronagens, trazer uma camada de encanto à vida cotidiana. Ao utilizar engobes e tintas corantes, ela define sua identidade visual e apresenta o grande diferencial de seu trabalho.

Duo 7 Notas (@eliana.clarineta)

Formado pela clarinetista Eliana Costa e o violonista Márcio Carvalheira, o Duo 7 Notas se propõe a tocar MPB, Chorinhos, Sambas e Boleros. Eliana Costa, em seus 30 anos de experiência, integrou a Orquestra de Senhoritas por 15 anos e está à frente de um importante projeto de ensino de clarineta na Escola Espaço das Sete Notas. Enquanto Márcio desenvolveu sua técnica na Escola de Choro Raphael Rabello e atua em várias formações explorando sonoridades no violão 7 cordas aço

Cura Cozinha Orgânica (@curacozinhaorganica)

O Cura, inaugurado ano passado, trouxe para Brasília um conceito novo de alimentação saudável (sem veneno), com muito sabor e beleza. A gastronomia foi inspirada na vivência pessoal de sua criadora, Cristina Roberto, na ayurvédica e em saberes ancestrais da culinária indígena e africana. Localizado no meio do Cerrado, dentro da Estação Ecológica Jardim Botânico, o Cura é um espaço de convivência e de troca de experiências.