O caso de uma adolescente de 13 anos que engravidou após participar de uma prática conhecida como “roleta russa sexual” está gerando grande repercussão e levantando importantes discussões sobre a falta de educação sexual para jovens no Brasil.

O episódio foi compartilhado pela professora Andrea Vermont em uma entrevista a um podcast. Ela revelou que o adolescente, em uma festa escolar, participou dessa prática, onde meninos permanecem sentados com ereção e meninas se revezam para sentar sobre eles, sem o uso de preservativo. A jovem, agora grávida, não sabe quem é o pai da criança devido à aleatoriedade do evento.

A história viralizou nas redes sociais, expondo a falta de informações sobre consentimento, proteção e os riscos de práticas sexuais entre os adolescentes. A psicóloga Ana Paula Nascimento afirmou em entrevista ao Metrópoles que o caso ilustra uma hipersexualização precoce entre jovens, evidenciando a necessidade de diálogo sobre sexualidade desde a infância.

“A ausência de uma educação sexual adequada e responsável faz com que os adolescentes se envolvam em práticas de risco sem entenderem as consequências, como doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejadas”, declarou Nascimento. Ela ressalta que a falta de conscientização pode também levar a situações de abuso.

💬 “NÃO SEI QUEM É O PAI”, DISSE A ALUNA A adolescente, em conversa com a docente, confessou não saber a identidade do pai da criança. “Engravidei em uma roleta russa, então não sei de quem”, teria dito a jovem. Vermont destacou que outras alunas também participaram da mesma dinâmica, que ocorreu dentro do ambiente escolar.

Esse caso ressaltou a necessidade urgente de uma educação sexual ampla e abrangente nas escolas, com informações claras sobre consentimento, saúde sexual e prevenção. Especialistas defendem que, além de prevenir doenças e gravidezes, a educação sexual deve ensinar os jovens a respeitarem seus próprios corpos e os limites dos outros.

Os dados sobre gravidez na adolescência também são alarmantes. O Ministério da Saúde registrou que mais de 250 mil meninas entre 10 e 19 anos engravidaram em 2023, com uma parte significativa delas sendo menor de 14 anos, o que configura uma situação de vulnerabilidade.