A morte da influencer Aline Ferreira após passar por um procedimento estético em Goiânia trouxe à tona questões importantes sobre charlatanismo, responsabilidade e a disseminação de informações nas redes sociais. O caso nos faz refletir sobre a necessidade de regras mais rígidas para a verificação de identidade e qualificação dos profissionais que oferecem serviços online, bem como mecanismos eficazes para combater a publicidade enganosa.

O caso Aline Ferreira e o fantasma do charlatanismo

O trágico desfecho da história de Aline Ferreira, que faleceu após um procedimento estético, nos remete a outros casos marcantes, como o do ex-médico Denísio Marcelo Caron, que atuou no Distrito Federal no in início dos anos 2000. Caron, mesmo sem habilitação para realizar cirurgias plásticas, se apresentava como “especialista em lipoaspiração”. Seu histórico incluiu mortes e lesões corporais em pacientes, mas, na época, a internet ainda engatinhava, e as redes sociais não eram tão influentes quanto hoje.

Duas décadas depois, o cenário mudou drasticamente. As redes sociais amplificaram a oferta de serviços de pessoas sem a qualificação necessária para realizar procedimentos estéticos, e a busca por preços baixos pode ter consequências trágicas. O caso de Aline Ferreira, cuja responsável pelo procedimento não era formada em nenhum curso superior, é um exemplo alarmante.

A propaganda enganosa nas redes sociais

As redes sociais se tornaram um terreno fértil para a proliferação de profissionais não qualificados que oferecem procedimentos estéticos de risco. A facilidade de criar perfis e a falta de fiscalização permitem que charlatães se apresentem como especialistas, prometendo resultados milagrosos. A busca por preços baixos e a influência das redes sociais levam muitas pessoas a confiar em profissionais sem a devida formação.

A necessidade de regras rígidas e verificação de identidade

É inadmissível que plataformas digitais se tornem palco para a disseminação de informações enganosas e práticas perigosas. Para combater o charlatanismo e proteger os consumidores, é urgente estabelecer regras rígidas para a verificação de identidade e qualificação dos profissionais que oferecem serviços online. Além disso, é necessário envolver as empresas fornecedoras de produtos para garantir que a venda seja restrita a profissionais habilitados.

A busca por soluções justas

Os consumidores devem se informar sobre os riscos envolvidos, buscar profissionais idôneos e evitar se basear apenas em promessas milagrosas nas redes sociais. A responsabilidade também recai sobre as plataformas, que precisam adotar medidas eficazes para combater a publicidade enganosa. Somente assim poderemos evitar tragédias como a de Aline Ferreira e proteger a saúde e a segurança dos usuários das redes sociais.