A proposta de aumentar a altura de 16 hotéis nas áreas SHN e SHS do Plano Piloto tem enfrentado forte resistência. A Comissão de Cultura da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Distrito Federal (OAB-DF) e o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), órgão consultivo da Unesco, manifestaram-se contrários à medida.

Argumentos Contra o Aumento:

  • Preservação Cultural: O Plano Piloto é um patrimônio cultural reconhecido mundialmente, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Alterações em sua estrutura original podem comprometer seu valor histórico e estético.
  • Impacto Visual: O skyline da região é um dos elementos característicos da capital brasileira. Mudanças significativas na altura dos edifícios podem alterar a paisagem urbana de forma irreversível.
  • Legislação Vigente: As entidades apontam que o aumento proposto vai contra as normas urbanísticas atuais, que visam proteger a integridade do projeto original de Brasília.

Reações e Debates:

  • Setor Hoteleiro: Defende o aumento como uma forma de revitalizar o turismo e a economia local, argumentando que os hotéis precisam se modernizar para atender à demanda crescente.
  • Sociedade Civil: Grupos de moradores e ativistas urbanos têm se mobilizado para preservar o patrimônio arquitetônico e cultural da cidade.
  • Governo Local: Enfrenta o desafio de equilibrar os interesses econômicos com a preservação do legado cultural e histórico.

A discussão em torno do aumento da altura dos hotéis no Plano Piloto é emblemática das tensões entre desenvolvimento urbano e conservação patrimonial. A decisão final terá implicações duradouras para a identidade visual e cultural de Brasília.

As entidades contrárias ao projeto reforçam a importância de um planejamento urbano que respeite os valores históricos e culturais, garantindo que as gerações futuras possam apreciar o legado deixado pelos pioneiros da capital.