Dor ao engolir, engasgos, tosse durante ou logo após as refeições, demora para engolir, cansaço respiratório ao se alimentar, dentre outras dificuldades para deglutir sólidos, beber líquidos ou até engolir a própria saliva. Esses sintomas ganham destaque hoje, 20 de março, Dia Nacional de Atenção à Disfagia, nome para a condição clínica que pode ser transitória ou permanente. Casos negligenciados podem levar à desnutrição, desidratação e pneumonias.
“Dificuldade para engolir pode acontecer por vários motivos. Quando causar desconforto, durar muitos dias ou atrapalhar a qualidade de vida, isso deve chamar a atenção do paciente. Uma unidade básica de saúde (UBS) pode acolhê-lo e fornecer as orientações adequadas”, afirma o diretor de Estratégia Saúde da Família da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Sandro Rodrigues. O tratamento também pode ocorrer em unidades especializadas, a partir de encaminhamento.
“A disfagia é atendida em todos os níveis de saúde, desde as enfermarias pediátricas até os ambulatórios de geriatria, passando pelas enfermarias hospitalares, ambulatórios de saúde funcional e ambulatório de reabilitação”
Ocânia da Costa Vale, fonoaudióloga RTD em disfagia
A disfagia pode aparecer em diversas fases da vida, porém, idosos são mais suscetíveis. A ocorrência é maior em pessoas que sofreram traumas na face, acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico (TCE), diverticulites, câncer de cabeça e pescoço. Também acomete quem tem desnutrição e doenças neurológicas, como Parkinson, Alzheimer, demências, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica, dentre outras condições.
A SES-DF conta com uma rede de atendimento que abrange desde os casos simples até pacientes internados. “O objetivo é reabilitar o paciente para permitir uma deglutição segura”, conta a fonoaudióloga Ocânia da Costa Vale, referência técnica distrital (RTD) na área.
Fonoaudiólogos são os principais envolvidos no tratamento da disfagia. Porém, a abordagem é multiprofissional, envolvendo médicos, nutricionistas, fonoaudiólogos e outros especialistas, conforme a necessidade. “A disfagia é atendida em todos os níveis de saúde, desde as enfermarias pediátricas até os ambulatórios de geriatria, passando pelas enfermarias hospitalares, ambulatórios de saúde funcional e ambulatório de reabilitação”, explica a especialista.
Os núcleos de atenção domiciliar (NRADs) realizam assistência direcionada e acompanham os pacientes com a perspectiva de desospitalização, permitindo uma vida próxima da normalidade mesmo para quem necessita de cuidados regulares.
*Com informações da SES-DF
Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno