Por muito tempo conhecida como destino de fim de semana, a capital federal tem muito a ser percorrido por turistas e até pelos moradores da cidade, com variadas opções que envolvem desde o turismo cívico até o rural
Todos os dias quando atende alguém em um dos Centros de Atendimento ao Turista (CAT), da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), a guia de turismo Samara Augusto faz a mesma pergunta: “Você conhece Brasília?” O questionamento é mais profundo do que parece. O objetivo não é saber se o visitante já esteve na cidade ou se nasceu na capital federal, mas se teve oportunidade de experienciar de fato a essência do Quadradinho.
Durante muito tempo Brasília foi vista como um destino de fim de semana, um local em que, em poucos dias, o turista e até o brasiliense seriam capazes de conhecer todos os pontos turísticos por estarem concentrados na área central. No entanto, a cidade conta uma série de atrações que vão desde as mais conhecidas até as menos conhecidas, que serão apresentadas pela Agência Brasília no especial Explore o Quadrado, que propõe um olhar diferenciado sobre os pontos turísticos e as atividades oferecidas na cidade para o período de férias.
Entre uma semana e um mês é o período apontado pela guia de turismo para que o Quadradinho seja de fato conhecido. “Diria que, no mínimo, é necessário uma semana. Brasília não é só a região central. Temos muitas cachoeiras, a própria região do Lago Oeste, onde tem a Chapada da Contagem, e agora a Vinícola Brasília, no PAD-DF. Água Mineral, Jardim Botânico e Zoológico, por exemplo, são passeios de um dia cada um”, revela. Samara Augusto conta que, durante a preparação para atuar nos CATs, fez um treinamento de um mês, em que não repetiu nenhum ponto turístico. “Nasci em Brasília, cresci aqui e achava que conhecia Brasília, mas descobri durante o treinamento que não. Então é possível passar um mês e só conhecer locais novos todos os dias”.
Para os brasilienses natos ou de coração, o indicado para conhecer a cidade é apostar nos passeios turísticos, principalmente durante a fase escolar. “Tem que começar desde pequenininho, mas do jeito certo. Não basta ir até os pontos turísticos com um roteiro básico. É importante combinar o conteúdo de sala de aula com um passeio com guia de turismo para que os pontos e suas histórias possam ser explicados”, analisa.
No caso dos turistas, ter acesso às informações é essencial. Elas podem ser encontradas nas unidades do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), da Setur-DF. Ao todo, o DF conta com cinco centros fixos e uma unidade móvel. Os mais recentes são o CAT Móvel da Torre de TV, implementado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em 2023, e o CAT da 308 Sul, inaugurado em 2022. A unidade da Casa de Chá chegou a ser reinaugurada em 2019 e, este ano, passou por nova reforma após a parceria do GDF com o Senac, que ficou responsável pela gestão do espaço. Também há unidades no Aeroporto Internacional de Brasília, na Rodoviária Interestadual de Brasília e no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Atendimento especializado
Cada um dos CATs, inclusive, tem uma característica. As unidades do Aeroporto e da Rodoviária são mais voltadas para atender aqueles que acabaram de chegar a Brasília. Por ano, o Aeroporto Internacional de Brasília recebe em média 14 milhões de passageiros. Já o Terminal Interestadual, a média é de dois milhões. Orientações sobre a rede hoteleira, meios de transporte e pontos turísticos são os mais requisitados. Já nos demais CATs, o acesso costuma ser feito por visitantes já alocados na cidade que buscam conhecer mais sobre Brasília. O foco são os pontos turísticos.
“Os Centros de Atendimento ao Turista oferecem informações sobre produtos e serviços turísticos no Distrito Federal e Entorno, distribuindo mapas e materiais promocionais e de forma individual com guias de turismo bilíngues, devidamente cadastrados e capacitados para esclarecer as dúvidas dos visitantes. Todo serviço é público e gratuito”, explica o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.
Entre os materiais disponíveis nas unidades estão os guias da Coleção Rotas Brasília. Hoje, o projeto conta com 14 rotas organizadas em miniguias em formatos físicos ou digital – esse pode ser baixado pelo site Coleção Rotas Brasília. As rotas disponibilizadas pela Setur-DF são Cerrado, Náutica, Arquitetônica, Cultural, Cívica, da Paz, Fora dos Eixos, da Diversão, sobre Rodas, da Diversidade, do Pôr do Sol, Lago Oeste, das Uvas de Brasília, e das regiões administrativas (RAs).
Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger