A 25ª edição da FEICOTUR, realizada em Sobradinho/DF, recebeu um investimento público de R$ 2,3 milhões por meio do GDF e da Secretaria de Turismo. O evento, que se apresenta como gratuito para visitantes, tem gerado questionamentos entre expositores e moradores devido às altas taxas cobradas pelos estandes, levantando dúvidas sobre a transparência na gestão dos recursos.
Evento financiado com verba pública, mas com cobrança privada
A FEICOTUR tem como objetivo fomentar o turismo, comércio e cultura local, reunindo empresas, artesãos e pequenos produtores. No entanto, relatos de expositores indicam que os valores cobrados para participação são elevados, tornando o evento inacessível para muitos empreendedores da cidade.
Se o evento é financiado com dinheiro público, por que cobrar caro de quem quer trabalhar e expor seus produtos? Para onde está indo o dinheiro arrecadado com os expositores? Há prestação de contas sobre essa arrecadação?
Essas são algumas das perguntas que moradores e comerciantes têm levantado, especialmente diante da preocupação de que a prática possa representar uma dupla arrecadação sem transparência — uma via governo, outra via cobrança privada.
Impacto nos pequenos empreendedores
A proposta inicial da FEICOTUR deveria ser incentivar a economia local, garantindo espaço para artesãos, pequenos produtores, projetos sociais e comerciantes de Sobradinho. No entanto, o que se observa é uma elitização dos estandes, onde apenas grandes empresas conseguem bancar os custos de participação.
Isso gera um efeito contrário ao esperado: em vez de fortalecer o comércio local, o evento acaba excluindo pequenos empreendedores, que não conseguem arcar com os valores exigidos para expor seus produtos e serviços.
Transparência e fiscalização
Diante das denúncias e questionamentos, é fundamental que a população cobre respostas da organização e da SETUR, além de exigir que órgãos de controle fiscalizem de perto a gestão dos recursos.
A transparência na administração de eventos financiados com verba pública é essencial para garantir que o investimento realmente beneficie a comunidade e cumpra seu papel de fomento econômico e cultural.
A FEICOTUR 2025, apesar de ser um evento gratuito para o público, tem gerado insatisfação entre expositores devido às altas taxas cobradas pelos estandes. A falta de clareza sobre a destinação dos recursos arrecadados levanta dúvidas sobre a transparência da organização.
A população e os empreendedores locais seguem cobrando explicações e medidas que garantam um evento mais acessível e justo para todos.