A região do Sol Nascente, que já foi considerada a maior favela do Brasil, está passando por uma transformação significativa. Após 20 anos de abandono, investimentos em infraestrutura e a implementação de diversos serviços e políticas públicas estão mudando a face da região.
Nos anos 2000, a população do Sol Nascente era de pouco mais de sete mil pessoas. Em uma década, esse número saltou para 75 mil e, devido ao crescimento natural, a região agora abriga uma população de 95 mil pessoas. Hoje, muitas mudanças estão sendo realizadas na cidade para torná-la mais preparada para a população, principalmente em termos de infraestrutura e segurança.
Com investimentos de mais de R$ 600 milhões, o Sol Nascente está se transformando para oferecer mais qualidade de vida aos seus moradores. Desse total, R$ 282 milhões são destinados às obras de infraestrutura nos três trechos (I, II e III), sendo que R$ 156 milhões já foram aplicados.
O restante do investimento é distribuído em serviços de saneamento básico, duas creches já entregues, um conselho tutelar em funcionamento, uma rodoviária em fase final de construção, uma unidade da Casa da Mulher Brasileira a ser construída e o segundo restaurante comunitário da cidade, que já foi inaugurado.
Apesar de a formação da cidade ter sido resultado de uma ocupação desordenada, a região ficou sem suporte para se desenvolver e sem investimentos significativos. No entanto, muitas mudanças mais significativas começaram a ocorrer em 2019, quando o Governo do Distrito Federal (GDF) passou a denominar a cidade como região administrativa e a direcionar esforços para mudar a realidade de desamparo que perdurava por mais de 20 anos.
Com os avanços, o Sol Nascente está se transformando em uma cidade completa, deixando de ser a maior favela do Brasil e passando a oferecer mais qualidade de vida para a população. Uma das iniciativas que ganhou destaque recentemente veio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF), que convocou os moradores de 332 imóveis para realizar a titulação de suas casas.
Outras ações também têm beneficiado a população. A drenagem nas ruas reduz os riscos com alagamentos, enchentes e processos erosivos, além de contribuir para a captação das águas pluviais e melhor controle do fluxo que chega às bacias de contenção e deságua no Rio Melchior, que fica entre Ceilândia e Samambaia, na região que inclui ainda o Sol Nascente/Pôr do Sol.
A nova pavimentação, meios-fios e calçadas melhoraram a circulação de pessoas e o acesso a serviços como a coleta de lixo, o transporte público, Correios, segurança pública e saúde.
Com as obras divididas por trechos, um dos grandes desafios é afetar o mínimo possível o dia a dia dos moradores, mantendo a eficiência das entregas. Mesmo com os percalços, as obras têm gerado resultados positivos.
A cidade está se transformando e gerando orgulho na população. “Ficamos orgulhosos de morar na cidade desde o início e poder testemunhar de perto as melhorias realizadas pelo governo aqui”, diz o comerciante Fábio José da Silva.
Os trechos I e II tiveram 100% dos serviços de infraestrutura executados com pavimentação asfáltica, drenagem, instalação de meios-fios, construção de calçadas, sinalização horizontal e vertical, além de bacias de detenção. Agora, é a vez do trecho III.
“Estamos muito felizes. O Sol Nascente foi onde criei meus filhos, onde estabeleci meu comércio. É um sonho concretizado. Antigamente, sofríamos muito com a poeira e, quando chovia, a água vinha toda para cá, trazendo lama e lixo. Agora, com as obras, será muito bom, vai melhorar muito”, avalia Ângela, uma moradora da região.