Conta de luz fica ainda mais cara quando o consumidor comete erros na hora de consumir energia elétrica


A partir de domingo (22), entrará em vigor um novo índice aplicado à cobrança da energia elétrica fornecida a 1,15 milhão de clientes das 33 regiões administrativas que compõem o Distrito Federal​​​​​​. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (17) a Revisão Tarifária Periódica da distribuidora Neoenergia Brasília. O aumento médio será de 9,32%.


Para consumidores da classe de baixa tensão (pequenos comércios e consumidores residenciais), a elevação na tarifa será de 9,95%. Já para a categoria de alta tensão (consumidores de grande porte, como indústrias, comércios, serviços, poder público e outras atividades,) o reajuste será de 7,78%, em média. Componentes financeiros e encargos setoriais estão entre os fatores que contribuíram para os novos valores.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), Bruno Herbert, dado o cenário, a adoção de medidas de eficiência energética deve ser uma alternativa para reduzir gastos. Isso porque, além de passar por reajustes tarifários, a conta de luz fica ainda mais cara quando o consumidor comete erros na hora de consumir energia elétrica.

O especialista reforça que é necessário manter um consumo consciente a longo prazo para que os efeitos sejam substanciais: “Atentar para o uso racional apenas quando a tarifa é maior não é sustentável. Quando mudamos atitudes cotidianas, o consumo de energia reduz e diminui o valor da conta, ajudamos na preservação ambiental e ainda aumentamos o tempo de vida dos recursos não-renováveis”.


5 erros que aumentam a conta de energia

– Stand by (modo de espera) – manter na tomada os eletroeletrônicos pouco utilizados aumenta o consumo de energia elétrica da residência. O presidente da ABESCO recomenda que o consumidor desligue equipamentos que não são de uso essencial para reduzir o impacto que eles provocam na conta. “Isso vale para qualquer eletrodoméstico – desde a cafeteira até o home-theater. Se você vai viajar ou ficar um tempo prolongado fora de casa, é ainda mais importante desligar esses aparelhos”.
 

– Chuveiro – manter a potência em inverno (quente) faz com que o consumo seja 30% superior que na temperatura morna (verão). O especialista alerta que o chuveiro é um dos maiores vilões da casa e diminuir o tempo no banho também contribui para a redução do valor da conta. “Criar um tempo limite é interessante porque, neste caso, além da energia elétrica, há também uma economia no consumo da água. Escolher um modelo de chuveiro eficiente também ajuda”, explica.
 

– Geladeira e freezer – abrir e fechar a porta da geladeira ou refrigerador toda hora, não verificar periodicamente se a borracha da porta está adequada, não atentar à regulação de temperatura e usar a parte de trás do aparelho para secar panos de prato e roupas são atitudes que prejudicam o desempenho dos equipamentos. “Isso pode fazer com que os aparelhos consumam mais energia para realizar o trabalho de refrigeração. No site da Aneel é possível conferir dados que mostram o consumo médio de uma geladeira nova e avaliar se é chegada a hora de comprar um modelo mais eficiente”, afirma.
 

– Lâmpadas – 75% do gasto na conta de luz pode ser atribuído ao uso de lâmpadas incandescentes. O ideal, segundo Bruno Herbert, é substituir a iluminação por LED ou fluorescente, e também aproveitar a iluminação natural durante o dia, evitando manter as luzes acesas sem necessidade. “Além de serem mais modernas e durarem mais, o consumo destas lâmpadas é mais eficiente: gastam entre 60% e 80% menos energia que as incandescentes”, destaca.
 

– Ar-condicionado – comprar um equipamento que não tenha selo Procel, não fechar portas e janelas ao acionar o aparelho e esquecer a limpeza dos filtros são problemas que podem trazer um aumento significativo na conta ao longo de um ano. O presidente da ABESCO recomenda que o consumidor mantenha o ar condicionado ligado em temperatura equilibrada, evitando que o sistema tenha que trabalhar com mais força para refrigerar o ambiente. “No verão, o ar condicionado pode representar 1/3 da conta de energia de uma residência”, detalha.

Foto divulgação / Fonte Nadja Cortes