Nesta quarta-feira (27), o dólar fechou em R$ 5,91, superando o recorde anterior de maio de 2020, quando a moeda alcançou R$ 5,90 no auge da pandemia. A alta de 1,80% no dia, acumulando 21,84% em 2024, foi impulsionada pela expectativa de mudanças fiscais anunciadas pelo governo.

O mercado financeiro reagiu a rumores de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incluiria no pacote fiscal a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026, uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa medida, vista como populista por analistas, pode dificultar o cumprimento da meta de déficit zero em 2024 e 2025, além de aumentar as incertezas sobre o equilíbrio fiscal do país.

O cenário de incerteza afetou o Ibovespa, que fechou em queda de 1,73%, registrando recuo acumulado de 3,18% no ano. Enquanto isso, economistas alertam para a falta de medidas concretas para reduzir despesas públicas, ponto considerado essencial para evitar um aumento descontrolado da dívida pública.

Com a escalada do dólar, o mercado observa os próximos passos do governo e do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que também influencia os movimentos globais da moeda americana​