A distribuidora de energia elétrica do Rio Grande do Sul, RGE Sul teve R$ 1,394 bilhão aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento – BNDES, para viabilizar sua reestruturação após a tragédia vivida em de abril deste ano. Os recursos são destinados a financiar medidas de adaptação e mitigação climática à empresa que atende 7,1 milhões de pessoas em mais de 3 milhões de unidades consumidoras(65% do estado).

Entre as medidas, a operação viabiliza a manutenção do quadro de funcionários da empresa, a suspensão da correção tarifária no Rio Grande do Sul, garantindo que a conta não aumente até 2026. Além disso promove limites de crédito, de R$ 290 milhões para máquinas e equipamentos com recursos do Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, e R$ 400 milhões para capital de giro vindos do próprios do BNDES em Selic. “A determinação do presidente Lula é para reativarmos a economia local e normalizar a vida da população gaúcha tão duramente atingida”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

A empresa é parte do Grupo CPFL, responsável por abastecer cerca de 10 milhões de consumidores nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. No auge dos eventos climáticos extremos a distribuidora chegou a registrar o interrompimento em 72 cidades, com 315,2 mil clientes afetados. Segundo a Defesa Civil do Estado, dos 469 municípios impactados pelas enchentes, 376 estão na área de concessão da RGE.

A assessoria da empresa conta que durante a calamidade as equipes de campo enfrentaram dificuldades de acesso para a leitura do consumo e também de entrega de contas em papel. “Esses casos estão sendo tratados sem que haja prejuízo ao cliente e dentro da Resolução 1092 criada pela ANEEL. O pagamento das contas atrasadas até o dia 20 de agosto de 2024 não irá gerar encargos como multa e juros, possibilitando que as contas sejam quitadas nesse período mesmo em atraso.”

A empresa já reconstruiu 200 km de redes elétricas, com a substituição de 980 transformadores e 7.072 postes nas áreas impactadas. Além disso, também disponibilizou uma unidade móvel para atendimento itinerante nas cidades atingidas pelas inundações: Vale do Taquari (Colinas, Lajeado Roca Sales, Muçum), Vale do Rio Pardo (Imigrante), Metropolitana (Canoas) e Vale do Sinos (São Leopoldo).

Para a diretora de Infraestrutura e Transição Energética do BNDES, Luciana Costa, os investimentos proporcionam a retomada econômica. “Sem a infraestrutura, ou seja, sem estradas, comunicação, energia elétrica, não será possível reativar o setor produtivo. Por isso, nosso foco nesse setor tão estratégico para geração de emprego e para dar melhores condições de vida à população”, afirma.