A dívida pública do Brasil continua a crescer, gerando preocupações sobre o impacto nas contas públicas futuras. Em 2024, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) aumentou R$ 905 bilhões, totalizando R$ 8,9 trilhões, o que representa 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Embora essa taxa seja menor do que o pico alcançado durante a pandemia da COVID-19, ainda supera as médias dos países emergentes.
O ano de 2025 apresenta desafios adicionais, com o governo federal prevendo gastos de R$ 2,8 trilhões. A proximidade das eleições em 2026 torna improvável a implementação de cortes significativos nos gastos, o que agrava ainda mais a situação fiscal. A tendência atual sugere que a dívida pública pode atingir níveis insustentáveis, ultrapassando 80% do PIB.
O aumento contínuo da dívida pública pode resultar em taxas de juros mais altas, afetando tanto o setor produtivo quanto os consumidores. Além disso, a pressão sobre o orçamento pode levar a cortes em áreas essenciais, como saúde e educação, comprometendo a qualidade dos serviços públicos.
Especialistas destacam a urgência de medidas fiscais para conter o crescimento da dívida. A alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a implementação de novas políticas fiscais são passos necessários para garantir a sustentabilidade das contas públicas.