O Bitcoin, maior criptomoeda do mundo, viu seu valor despencar cerca de 15% nas últimas semanas, chegando a ser negociado abaixo de US$ 90 mil. O movimento ocorre após o ativo alcançar um recorde histórico de US$ 108.135 em dezembro de 2024. Analistas apontam que a queda está relacionada a uma combinação de fatores econômicos e geopolíticos.
Um dos principais elementos é o cenário macroeconômico dos Estados Unidos. Dados recentes sugerem um aquecimento da economia, levando o Federal Reserve a considerar a manutenção ou até o aumento das taxas de juros em 2025. Essa medida torna investimentos tradicionais, como títulos do Tesouro, mais atraentes, reduzindo o apetite por ativos de maior risco, como as criptomoedas.
Outro fator importante foi a decisão do Departamento de Justiça dos EUA de leiloar bitcoins apreendidos no caso Silk Road, totalizando cerca de US$ 6,5 bilhões. A iminência dessa grande oferta de ativos no mercado pressionou ainda mais os preços.
Além disso, o fortalecimento do dólar americano, somado à incerteza gerada pela posse iminente do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, também contribuiu para o nervosismo nos mercados financeiros.
Apesar da recente correção, especialistas permanecem otimistas quanto ao futuro do Bitcoin. Eles acreditam que, após a posse de Trump, conhecido por sua postura favorável às criptomoedas, o mercado poderá retomar uma trajetória de alta.
O Bitcoin, historicamente, passa por correções significativas durante ciclos de valorização sem comprometer sua tendência de longo prazo. Por isso, analistas sugerem que os investidores vejam o momento atual como um ajuste natural de um mercado conhecido por sua volatilidade.