O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou, na última semana, uma campanha digital em defesa da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, após críticas por sua fala sobre a regulamentação das redes sociais durante um jantar com o presidente da China, Xi Jinping. No entanto, a ação, que utilizou a hashtag #EstouComJanja, teve baixo engajamento e não conseguiu se destacar entre os assuntos mais comentados nas plataformas digitais.
O objetivo da campanha e a repercussão
A iniciativa do PT buscava reforçar o apoio à primeira-dama, destacando sua defesa por um ambiente digital mais seguro, especialmente para mulheres, crianças e adolescentes, que são as principais vítimas de crimes virtuais. No entanto, a campanha não teve adesão significativa, ficando fora dos trending topics do X (antigo Twitter) e registrando menos de 100 postagens no Instagram.

Além da baixa participação, a ação foi alvo de críticas e ataques por parte da oposição. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a campanha, chamando-a de “imbecil” e afirmando que a regulamentação das redes sociais seria uma forma de censura. Outros parlamentares da oposição também exploraram o episódio, reforçando a narrativa de que o governo busca limitar a liberdade de expressão.
A fragilidade do PT nas redes sociais
O fracasso da campanha evidencia um problema recorrente do PT: a dificuldade de mobilização digital. Diferente da oposição, que tem forte presença nas redes sociais e consegue engajamento rápido em pautas estratégicas, o partido enfrenta desafios para impulsionar suas narrativas e alcançar um público amplo.
Especialistas apontam que a falta de influenciadores alinhados ao partido, além da ausência de uma estratégia digital eficaz, contribui para o baixo desempenho do PT nas plataformas. Enquanto figuras da direita conseguem viralizar conteúdos rapidamente, o partido tem dificuldades para transformar suas campanhas em tendências relevantes.
O impacto político do episódio
A repercussão negativa da fala de Janja sobre o TikTok e a tentativa frustrada de conter os ataques com a campanha digital geraram um mal-estar dentro do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da esposa, afirmando que foi ele quem iniciou a conversa com Xi Jinping e que Janja apenas complementou a discussão sobre os riscos das redes sociais.
Apesar do apoio interno, o episódio reforça a necessidade de uma revisão na estratégia digital do PT, especialmente em um cenário político onde a comunicação online tem papel fundamental na construção de narrativas e na mobilização de eleitores.
O fracasso da campanha #EstouComJanja expôs a fragilidade do PT nas redes sociais e mostrou que o partido ainda enfrenta dificuldades para competir com a oposição no ambiente digital. A baixa adesão à ação e os ataques recebidos indicam que o governo precisa repensar sua estratégia de comunicação para evitar desgastes futuros e fortalecer sua presença online.
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