O ano de 2024 tem sido marcado por tensões crescentes entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o governo. Essas tensões têm se acumulado nas últimas semanas, principalmente em torno de questões como ações no Supremo Tribunal Federal (STF), o quinquênio, a dívida dos estados e emendas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) tem estado no centro dessas tensões, particularmente devido a dois movimentos no STF. O primeiro foi um recurso sobre a decisão do ministro Nunes Marques de prorrogar o prazo de adesão de Minas Gerais, base eleitoral de Pacheco, ao regime de recuperação fiscal. O segundo foi a tentativa de derrubar uma lei aprovada pelo Congresso que prorroga a desoneração da folha até 2027.
Essas ações têm causado descontentamento entre Pacheco e o governo, levando a uma possível reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Pacheco. Embora não haja data marcada ou convite oficial, espera-se que o encontro ocorra até o fim desta semana.
Além disso, o governo está tentando aprovar um projeto no Senado para abrir gastos de R$ 15 bilhões em 2024, justificando que isso é necessário para arcar com parte das emendas parlamentares indicadas pelas comissões. No entanto, a falta de acordo na divisão de R$ 3,6 bilhões entre a Câmara e o Senado foi uma das razões para o governo pressionar pelo adiamento da sessão do Congresso.
Esses desacordos e tensões destacam os desafios enfrentados pelo governo e pelo Senado em encontrar um terreno comum em questões importantes. Como essas questões serão resolvidas e que impacto elas terão no futuro político do país permanece incerto.