A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está revolucionando o tratamento do câncer de mama com a introdução da crioablação, uma técnica inovadora que utiliza nitrogênio líquido para congelar e destruir células cancerígenas. Realizado no Hospital São Paulo, o procedimento atinge temperaturas de até -140°C e demonstrou 100% de eficácia em testes iniciais para tumores menores de 2,5 cm, marcando um avanço significativo na oncologia.

A crioablação é minimamente invasiva, indolor e realizada com anestesia local, sem necessidade de internação hospitalar. A incisão feita é menor que a de uma biópsia tradicional, tornando o procedimento mais acessível e prático para os pacientes. Apesar de já ser utilizada em países como Estados Unidos, Japão e Israel, esta é a primeira vez que a técnica é testada em uma instituição pública na América Latina.

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O estudo da Unifesp é pioneiro e busca ampliar o acesso à crioablação no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede privada. Atualmente, o tratamento ainda não é coberto pelos planos de saúde no Brasil, mas a aprovação pela Anvisa e os resultados promissores podem acelerar sua inclusão no sistema de saúde nacional. A técnica é indicada para pacientes com tumores de até 2,5 cm e com indicação primária de cirurgia.

Além de oferecer uma alternativa eficaz e menos invasiva, a crioablação tem potencial para reduzir filas de espera no SUS, beneficiando milhares de pacientes. Este avanço destaca a importância de pesquisas contínuas e do investimento em tecnologias que transformem o cenário da saúde no Brasil.